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ABECE INFORMA 110 - Jan/Jun 2016
Proteção contra incêndio de lajes steel deck
C
omumente chamadas de “steel deck”, a te-
lha-fôrma de aço colaborante para laje mista
de aço e concreto tem ampla aplicação, seja
em projetos residenciais, comerciais ou in-
dustriais. Independentemente do sistema e
da tipologia, é preciso obter, por meio das
instruções do Corpo de Bombeiros ou pela
NBR 14.432, o TRRF -Tempo Requerido de
Resistência ao Fogo, para avaliar a necessida-
de de uma proteção contra incêndio.
Mesmo sem proteção, o steel deck tem
certa capacidade de resistência ao fogo.
Dependendo da espessura envolvida e dos
carregamentos atuantes, o TRRF pode che
gar a 30 minutos.
Quando o TRRF for superior a 30 minutos,
deve ser analisado o conjunto do sistema,
que é composto basicamente por chapas de
aço galvanizado em formato trapezoidal ou
outros formatos, concreto de resistência
mínima à compressão (fck 20 MPa) e malha
antifissuração (tela soldada).
Em situações de incêndio, o steel deck
transfere calor a partir da parte inferior. “O
estudo de Hamerlinck e Twilt (1995) apre-
senta a curva tempo-temperatura”, conta
Humberto Bellei,membro da Comissão
Executiva do CBCA.
Considera-se material efetivo de proteção
aquele que seja capaz de manter a tempera-
tura do aço da fôrma abaixo de 350ºC.Vale
lembrar que este sistema de lajes, em regra
geral, ocupa grandes áreas.
“A solução mais comum é aplicação de ar-
maduras adicionais ao conjunto em razão
da sua facilidade de instalação, velocidade e
custo”, explica Bellei. As armaduras adicio-
nais aumentam o TRRF,uma vez que contri-
buem no caso de alguma perda de resistên-
cia provocada pela temperatura elevada. Em
edificações que utilizaram forros, há a
opção de placas de drywall com resistência
ao fogo (RF). Há outros tipos de proteção
passiva como argamassa projetada ou mes-
mo pintura intumescente, que exercem pro-
teção à medida que impedem que o deck
atinja uma temperatura que possa causar
uma perda significativa
de resistência. Funcionam
como uma barreira de
proteção. As espessuras
necessárias para cada ma-
terial dependem das es-
pecificações do fabricante
do produto.
Estão surgindo algumas
novidades no mercado
quanto a soluções de
proteção contra incêndio.
Algumas empresas brasi-
leiras começam a substituir armadura por
reforços no concreto com fibra de aço.“Essa
substituição gera redução dos prazos de
execução das lajes mistas pois reduz etapas
e, consequentemente, custos”, diz Luciano
Figueiredo, diretor técnico da Metform.
CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço
Espaço do Patrocinador
As temperatura nos pontos 4 e 5 na armadura de distribuição e nos pontos
6 e 7 na face superior são baixos. Nos pontos 1a 3 há um aumento conside-
rável de temperatura, o que demonstra a necessidade do uso de armadura
adicional positiva