REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
06
•
Definição dos passos a serem dados para
implementação da certificação.
2. PROFISSIONALIZAÇÃO DOS
ESCRITÓRIOS
A Norma de Desempenho no mercado de
edificações traz à tona uma preocupação
já existente e que tem se tornado mais
frequente para os escritórios que atuam
com obras de infraestrutura:
•
A responsabilidade civil do profissional
de projeto
O risco de questionamentos jurídicos de
insucessos, de qualquer tamanho, é cada
vez maior e presente.
Desta forma, a possibilidade de ações ju-
rídicas de responsabilidade se somam às
questões trabalhistas e tributárias exigin-
do do escritório cada vez mais profissio-
nalização.
A questão que fica é: como buscar esta
profissionalização de maneira consistente
em função dos recursos existentes?
O grupo entende que o Seguro de Respon-
sabilidade Civil é a principal forma de se
proteger às questões jurídicas, mas verifi-
cou-se a necessidade de evoluir o seguro
hoje existente, principalmente em função
do custo que tem aumentado e tende a
aumentar ainda mais em razão da avalia-
ção do risco envolvido pelas seguradoras.
Levantaram-se pontos importantes a se-
rem trabalhados na questão do Seguro de
Responsabilidade:
•
Possibilidade de ser contratado um segu-
ro por empreendimento com divisão de
riscos e prêmios proporcionais entre os
envolvidos.
o
Nesta situação, profissionais com maior
qualificação representariammenor risco
Relação direta com o processo de
certificação contribuindo para a
necessidade de implementação.
•
Os projetos que tivessem ATP (Avaliação
Técnica de Projeto) também representa-
riam um risco menor
o
Um grande impulso à introdução da
ATP como uma atividade necessária
3. COMITÊ DE ANÁLISE DE
ACIDENTES (CAA)
O entendimento da criação de um comitê
de análise de acidentes é muito mais am-
plo do que simplesmente o atendimento
da demanda gerada por um acidente es-
trutural, pois o objetivo da ABECE deve ser
a busca por uma redução destes acidentes,
sendo o mais desejável que não ocorram.
Essa busca pelo “Acidente Zero” passa por
ações que são desenvolvidas pela ABECE,
tais como:
•
Certificação dos profissionais, que é uma
das metas de longo prazo;
•
Evolução da normalização, que é conti-
nuadamente acompanhado pela Direto-
ria de Normas da ABECE;
•
Pela efetivação da ATP (Avaliação Técnica
de Projeto);
A evolução da engenharia estrutural pas-
sa, necessariamente, pelo entendimento
dos insucessos para que sejam tomadas
ações corretivas e preventivas:
•
O entendimento dos erros permite ações
para evitarem novos acidentes
Desta forma, entende-se que este comitê
deva ter esta ação como seu principal ob-
jetivo.
Além disso, a ABECE precisa transmitir
segurança à sociedade, com relação à
engenharia de estruturas, se tornando a
referência para a mídia e órgão públicos.
Para isso, ao analisar qualquer acidente,
deve-se ter total isenção e atuar exclu-
sivamente sob o ponto de vista técnico,
evitando que um associado seja respon-
sabilizado por algo que não é de sua res-
ponsabilidade.
Com estes objetivos entende-se que este
comitê deva ser criado com as seguintes
características e funções:
•
Seja composto de engenheiros que sejam
referência em engenharia estrutural;
•
Estabeleça parcerias com órgãos públi-
cos para ser referência de assessoria téc-
nica em casos de acidentes;
•
Tenha uma assessoria de imprensa espe-
cífica que busque:
o
Capacitação dos interlocutores pelo
CAA/ABECE;
o
Atuação junto a órgãos públicos e mí-
dia no sentido de tornar o CAA/ABECE
referência para comunicação com a so-
ciedade no caso de acidentes;
o
Esta comunicação deve ser cuidadosa-
mente estudada pelo comitê para que
não se perca a credibilidade nem que
se seja negligente;
o
Atuação junto a órgãos públicos e mí-
dia possibilitando que o CAA/ABECE
possa passar recomendações para a
sociedade objetivando:
O entendimento da segurança ne-
cessária nas estruturas;
O melhor desempenho das estru-
turas mostrando o uso correto e a
manutenção necessária;
O entendimento sobre o funciona-
mento das estruturas;
Mostrar ao poder público um pas-
sivo de risco nas cidades devido ao
envelhecimento das estruturas e
quais as medidas a serem tomadas
para prolongar a vida útil destas
estruturas.
•
Seja um fórum permanente para análise
das causas dos acidentes, definido a pro-
vável causa real do acidente, auxiliando
tecnicamente na definição das responsa-
bilidades
•
Seja um fórum permanente de discussão
de novas soluções estruturais e necessi-
dades de correções do processo norma-
tivo em função de análise de insucessos;
•
Seja um fórum permanente de referência
para solução de conflitos entre profissio-
nais, no caso de conceitos técnicos.
•
Seja um fórum permanente para incen-
tivar a manutenção e inspeção periódi-
ca das edificações, visando aumento de
vida útil.
Gostaria de agradecer a participação de
grandes colegas que compareceram à reu-
nião e que ao longo dos anos vem fazendo
da ABECE uma associação cada vez mais for-
te e relevante para a Engenharia Estrutural:
Alberto Naccache, Antonio Carmona Filho,
Candido Magalhães, Claudio Adler, Eduar-
do Barros Millen, Enio C. Barbosa, Fabricio
Tomo, Francisco Paulo Graziano, Guilherme
Covas, Jefferson Dias de Souza, João A. Ven-
dramini, João Luis Casagrande, José A. Avila,
José Luiz V.C. Varela, José Martins Laginha,
Júlio Timerman, Leonardo Braga Passos, Lu-
ciano Rodrigues Coelho, Luiz Aurélio Fortes
da Silva, Marcelo Rozenberg, Marcos Mon-
teiro, Marcos Velletri, Nelson Covas, Ricardo
França, Suely B. Bueno, Thomas Carmona,
Tomás Vieira de Lima, Valdir Silva Cruz
Finalmente, gostaria de agradecer a todos
os outros colegas que ao longo destes dois
últimos anos nos ajudaram na condução da
ABECE.
Os projetos nos últimos anos... Quase zero
reais!
O lucro nos últimos anos ... Alguns reais ne-
gativos!
Ter amigos
que se doaram no objetivo co-
mum de fazer a ABECE crescer e se fortale-
cer, além da fantástica convivência que me
propiciaram crescimento profissional e pes-
soal...
Não tem preço!
Grande Abraço a todos!
Boa sorte ao Jefferson e sua equipe!
PALAVRA DO PRESIDENTE
| AUGUSTO GUIMARÃES PEDREIRA DE FREITAS
