REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
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NOSSO CRAQUE
| BRUNO CONTARINI
seu de Arte Contemporânea, de Niterói.
Nesse último ele, inclusive, acrescentou
uma dedicatória: “Patrícia, o Museu de
Niterói, as obras de Constantine, como
o Bruno me foi útil com sua competên-
cia. Oscar”.
Em outra ocasião, em entrevista conce-
dida pelo arquiteto Oscar a um jornal de
Brasília, o repórter perguntou a ele se
não tinha dificuldade em projetar na Eu-
ropa. Ao final de sua resposta, ele disse:
“...Na Europa e nos países que recebem
a sua influência cultural, os calculistas
reagem aos meus desenhos e os definem
como de execução impossível. Mando vir
do Brasil o calculista Bruno Contarini e as
coisas então se revolvem”. O engenheiro
não é obrigado a satisfazer tudo que o
arquiteto faz, mas deve se colocar como
um dos melhores auxiliares do mesmo.
Como isso, a ligação fica fácil, sempre re-
solvi os problemas que os arquitetos me
apresentavam.
ABECE –
Com base em sua longa expe-
riência, quais as principais mudanças
ocorridas na forma de elaborar proje-
tos estruturais? E a concepção estrutu-
ral como mudou nos últimos tempos?
CONTARINI –
Antes do advento do com-
putador, o normal era o calculista pensar
em uma boa solução da estrutura para
uma obra que seria mais barata, mais se-
gura e com facilidade de cálculo. Com o
aparecimento do computador, o cálculo
do projeto ficou “mais fácil” e começou
haver uma concorrência de um projeto
normal feito com computador e um pro-
jeto bem estudado e este de preço mais
caro devido à utilização de uma mão de
obra melhor. Com isto a qualidade dos
projetos caiu muito. A política da escolha
do projeto por preço mais baixo prejudi-
ALEXANDRE MACIEIRA | RIOTUR
CONTARINI CONSIDERA A PONTE RIO-NITERÓI A OBRA MAIS IMPORTANTE DAS QUAIS PARTICIPOU, EM TERMOS DE DESAFIOS DE ENGENHARIA ESTRUTURAL.