Revista Estrutura - edição 2 - page 76

REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
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a raiz quadrada de
fc’
, desenvolvem-se
mais rapidamente do que a resistência à
compressão nos primeiros dias, e as re-
duções da resistência não são grandes.
Vê-se a partir da discussão acima, que
o cisalhamento e a aderência durante a
construção serão fatores críticos emmui-
tos projetos de lajes.
DEFORMAÇÕES DURANTE A
CONSTRUÇÃO
A estimativa quantitativa das deforma-
ções durante a construção é incerta por-
que as taxas de fluência no concreto nos
primeiros dias permanecem indetermi-
nadas em sua maior parte. É verdade que
se pode estabelecer uma tolerância para
as deformações que ocorrem durante a
construção pela pré-curvatura da forma,
mas esse é um processo incerto quando
essas deformações iniciais são excessi-
vas. É desejável limitar as deformações
durante a construção.
O cálculo direto da deformação durante
a construção é um processo demorado,
de precisão duvidosa e satisfação sufi-
ciente, que as deformações seriam de-
rivadas da limitação das tensões obtida
na laje pela teoria da elasticidade. Em-
bora as tensões de flexão possam ser
muito altas em uma laje em um deter-
minado momento, sem que a estrutura
fique insegura, conforme foi mostrado
anteriormente, talvez seja mais sensato
se a relação da tensão máxima à flexão
no concreto, para a resistência de pro-
jeto na idade em questão seja limitada
à relação especificada na Norma para
o projeto de elasticidade. Para desco-
brir o exemplo mais crítico durante a
construção, no que se refere à tensão
à flexão, as relações de carga durante a
construção, mostradas na Figura 4, são
divididas pelas relações de resistência
no projeto para dar as cargas equiva-
lentes aos 28 dias, conforme mostradas
na Figura 5.
A comparação dessas cargas equivalen-
tes na Figura 5 (a), (b) e (c) mostra uma
queda considerável em seus máximos
para uma laje típica com o aumento do
número de níveis de escoramento. Os
máximos são 2,53, 2,19 e 2,08 para
m
= 2, 3 e 4, respectivamente. Como uma
primeira aproximação, as deformações
sob os diferentes sistemas de escora-
mento podem ser consideradas como
proporcionais a essas cargas equivalen-
tes. Consequentemente, é intuitivo dizer
que a estrutura irá apresentar menos de-
formação se mais lajes forem escoradas,
como confirmado teoricamente, embora
os ganhos não sejam tão grandes quanto
poderiam ter sido esperados.
OUTROS FATORES
A fluência é um componente impor-
tante da deformação total da laje, bem
como o meio de redistribuição da car-
ga, quando as tensões locais forem al-
tas. Ainda não está claro, mas está sen-
do pesquisado como a taxa de fluência
do concreto nos primeiros dias com-
para-se com concreto aos 28 dias. Od-
man, ao calcular as cargas teóricas de
Neilson¹ afirmou que a fluência poderia
ser negligenciada porque altos índices
de fluência eram contrabalançados por
baixas tensões iniciais nas lajes, resul-
tando em um índice aproximadamente
constante de taxa de fluência em todas
as lajes. Essa parece ser uma premissa
razoável sobre este estágio de conheci-
mento da fluência.
O método de retirada das formas é im-
portante porque a maioria deles exige
a remoção e a substituição de alguns
escoramentos em um curto tempo. Nor-
malmente, para que os escoramentos
sejam substituídos, basta uma pequena
força de compressão neles para que fi-
quem no lugar. Posteriormente, após a
substituição, essa força vai aumentar
novamente, mas o efeito geral de retira-
da das formas por este método é reduzir
as cargas nas lajes de baixo e aumentar
as cargas por uma quantidade corres-
pondente nas lajes de cima. Com as car-
gas mais altas que atuam nas lajes que
suporta o nível inferior de escoras, este
efeito poderia ser benéfico, desde que
não cause carga em excesso. Poderia
ser usado um controle sistemático das
forças nos escoramentos com uso de
chaves de torsão ou algo similar, desde
que a economia no projeto justifique tal
controle rigoroso na construção.
Na falta de tal controle sistemático é ra-
zoável pressupor as cargas teoricamente
derivadas. As cargas máximas que ocor-
rem somente em uma laje podem ser
mais baixas do que os valores teóricos,
por causa do alívio resultante da subs-
tituição dos escoramentos e da flexibili-
dade das fundações, que supostamente
eram assumidas rígidas na análise. Essa
redução exige uma verificação experi-
mental antes que isso aconteça.
FORÇAS DE
ESCORAMENTO
Embora os escoramentos sejam apoia-
dos em fundações rígidas, eles suportam
toda a estrutura. Assim sendo, as forças
de escoramento podem ser prontamente
calculadas a partir das cargas suportadas
pelas lajes. Uma inspeção dos três siste-
mas de construção revela que a carga
máxima transmitida por um nível de es-
coramento quando
m
= 2 é 1,24 vezes o
peso próprio de uma laje mais a forma. O
fator máximo é 1,56 quando
m
= 3 e 1,92
quando
m
= 4. Além disso, não há uma
redução consistente nas forças de esco-
ramento nos níveis mais baixos de um
sistema de escoramento, a partir do qual
podemos concluir que os escoramentos
deveriam ser distribuídos por igual ou,
pelo menos o suficiente em todos os ní-
veis para exercer as cargas indicadas.
CONCLUSÕES
As cargas de construção emuma estrutura
de concreto em que os pavimentos supe-
riores são escorados nos pavimentos infe-
riores podem exceder as cargas do projeto
para as condições de serviço em uma mar-
gem considerável e não devem ser ignora-
das no projeto. A determinação analítica de
tais cargas, como foi demonstrado neste
paper, não apresenta grandes dificulda-
des. O efeito de tais cargas de construção
no projeto pode ser resumido como segue:
Resistência à flexão
Por causa da redistribuição da carga po-
tencial, a resistência à flexão não pode
ser um fator crítico no projeto para as
cargas da construção.
Deformação
Se as deformações forem limitadas, as
tensões máximas de flexão na constru-
ção deverão ser limitadas sem levar em
consideração a redistribuição da carga.
A limitação deverá, de preferência, ser a
mesma que as tensões nas cargas de tra-
balho, com reduções apropriadas à idade
do concreto.
Resistências à aderência e
ao cisalhamento
Como a falha de aderência ou cortante
pode ocorrer antes da redistribuição da
carga de flexão, a estrutura deverá ser
projetada para as cargas máximas de
BOAS PRÁTICAS CONSTRUTIVAS
| CIMBRAMENTO - ACI
1...,66,67,68,69,70,71,72,73,74,75 77,78,79,80,81,82,83,84
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