REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
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rado permitia a visualização de todos as
interferências, permitindo soluções mais
rápidas e com a participação de todos.
Por ter sido trabalhado com tecnologia
BIM, a interoperabilidade se fez presente
do início ao fim: a arquitetura trabalhan-
do com o Revit e as engenharias de estru-
tura trabalhando com Revit, TQS e Strap.
O processo de compatibilização acon-
teceu através do software Autodesk Na-
visworks. Por ele ser um software mul-
tiplataforma, aceitando modelos 3D de
diversos softwares diferentes, foi possí-
vel fazer reuniões por videoconferência
frequentes com todos os envolvidos a fim
de discutir os ajustes finais do modelo.
Com o modelo federado sendo transmitido
em tempo real pela internet, as interferên-
cias que eram encontradas pelo software
eram discutidas e analisadas para definição
de uma solução imediata, não se perdendo
tempo para que cada projetista levasse o
problema para seu escritório e analisa-se
em outro momento, podendo ter que de-
pender de outro projetista para a solução
final. As decisões eram tomadas imedia-
tamente, já aprovadas por todos, e então
estabelecíamos o prazo (bem curto) para
que os projetos pudessem ser corrigidos e
nova reunião de compatibilização pudesse
ser realizada.
Esse processo poupou bastante tempo
do projeto total, visto que o prazo era
muito curto para entrega ao cliente.
Outra vantagem do uso dessa tecnolo-
gia foi a velocidade que tivemos para a
criação do projeto executivo, visto que as
definições de todos os projetos já tinham
sido tomadas, era bastante que cada pro-
jetista se concentrasse em finalizar dese-
nhos, detalhes e memoriais.
Com o projeto finalizado, passamos a ter
um modelo federado que concentrava
todas as informações de todos os proje-
tos em único local.
O próximo passo foi vincular o planejamen-
to de obra executado em softwares como
o MS Project, Primavera e até mesmo no
Microsoft Excel, aplicando as tarefas e tem-
pos de execução aos elementos do mode-
lo federado para representar, através de
um vídeo, a sequência da construção.
O ideal é que ainda exista a modelagem
de elementos que não fazem parte do
projeto, mas que fazem parte da obra e
que possam ser animados em conjunto,
tais como, andaimes, gruas, formas, ca-
minhões, canteiro, etc.
Com isso, o gerente da construção po-
derá avaliar, com mais exatidão todo o
processo de construção, facilitando o en-
tendimento e até mesmo a transmissão
das informações para os encarregados e
toda a equipe de obra.
Outro fator importante que pudemos
colocar em pratica foi o vínculo de có-
digos de composição de orçamentos ao
modelo federado. Dessa maneira, visto
que os softwares geram quantitativos,
pudemos parametrizar os elementos
ESPAÇO BIM
| O BIM COMO ELO DE LIGAÇÃO ENTRE OS PROJETOS DE ENGENHARIA E A ARQUITETURA
FIGURA 1.1 – COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE DISCIPLINAS NO AUTODESK NAVISWORKS –
SOFTWARE MULTIPLATAFORMA