puder ser mantido por mais longo tempo,
ou seja quanto maior fôr o poder de ab-
sorção de água pelo agregado. Verificou-
-se que agregados de altos módulos de
elasticidade têm menor poder de absor-
ção de água. Como se vê uma causa que
age em sentido contrário da anterior.
5. A DEFORMAÇÃO
TRANSVERSAL
Sôbre a deformação transversal pouco
se tem estudado em face a dificuldade,
hoje superada, de encontrar métodos
de medidas com a precisão necessária.
Admite-se geralmente que essa defor-
mação no concreto é da ordem de 1/6
(= 0,17) da deformação longitudinal e
as Normas Brasileiras recomendam a
adoção dêsse valor. Na realidade êsses
valôres oscilam bastante. Nas proximida-
des da ruptura essa deformação aumen-
ta sensivelmente e pode atingir valôres
superiores a 0,5 da deformação longi-
tudinal. Veja-se a Fig. 10. Agora em que
todos os países procuram fixar os méto-
dos de dimensionamento das peças de
concreto armado em função do compor-
FIG. 8 – MODÊLO REOLÓGICO DO CONCRETO PARA ENTENDIMENTO DO COMPORTAMENTO ENTRE
PASTA DE CIMENTO E AGREGADO
tamento do material na ruptura, assume
êsse fato enorme importância. Com a
existência dessas grandes deformações
transversais, entende-se a grande in-
fluência da presença de uma armadura
transversal resistência a compressão
dos concretos. Influência essa não ape-
nas existente nos pilares com cintamen-
to, mas também nas vigas armadas com
estribos. Ensaios realizados no mesmo
Laboratório de Munique mostraram p.
ex., que, em estados de rupturas, as de-
formações transversais medidas nas pe-
ças, nas seções próximas aos estribos,
são sensivelmente menores que as ob-
tidas em seções afastadas dos estribos.