REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
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VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
| NÃO BASTA SABER
NÃO BASTA SABER.
É PRECISO
COMPROVAR
E
stá na hora de a engenharia bra-
sileira adotar um processo de ca-
pacitação profissional com maior
rigor e que inclua exames perió-
dicos para comprovar a efetiva forma-
ção e competência dos profissionais, as-
sim como ocorre em outros países. Nos
Estados Unidos, por exemplo, um enge-
nheiro para ter uma atuação autônoma
e assinar projetos precisa se submeter
a diversos exames, processo que pode
durar de três a quatro anos, dependen-
do do Estado. Não basta o engenheiro
saber, ele tem de comprovar seu conhe-
cimento por órgãos independentes e
auditáveis.
Além disso, no caso americano, há uma
exigência para um contínuo aprendiza-
do e aprimoramento, sempre balizado
por exames. Assim, para passar da ca-
POR RICARDO LEOPOLDO E SILVA FRANÇA
VICE-PRESIDENTE DE TECNOLOGIA E QUALIDADE
DA ABECE
tegoria denominada Fundamentals of
Engineering (FE), na qual ele não pode
atuar de forma autônoma, para a de
Professional Engineer (PE), é necessário
um exame, precedido de capacitação. O
mesmo ocorre, caso o profissional queira
alcançar a categoria chamada Structural
Engineer (SE). E a comprovação da habi-
lidade, em qualquer das categorias, tem
validade restrita: a certificação para atuar
num estado não dá o direito ao colega
americano de trabalhar em outro. Se ele
pretender exercer a profissão em vários
estados, terá de se submeter a diversos
exames específicos em cada um deles.
No caso do Professional Engineer, os exa-
mes são divididos por especialidades.
Assim, há uma avaliação para atuar em
construção, geotecnia, estrutura, trans-
porte e recursos hídricos. Já para obter