Revista Estrutura - edição 2 - page 40

REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
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2) a deformação ANELÁSTICA como
aquela que se apresenta tanto no car-
regamento como no descarregamen-
to com um certo retardo. Designada
mais propriamente de deformação
elástica retardada (Fig. 1). Em concre-
tos mais velhos essa deformação é
de igual grandeza no carregamento e
descarregamento e geralmente reali-
za-se em períodos de tempo superior
a um mês.
3) FLUÊNCIA como a deformação pro-
vocada pela manutenção do carre-
gamento através o tempo e medida
pela parcela não recuperável após o
descarregamento
2
. A viscosidade da
argamassa de cimento que apresenta
características de um gel, influencia
fortemente êsse fenômeno. Essas
duas últimas deformações, depen-
dentes do tempo (Fig. 1), são geral-
mente designadas em conjunto sob o
nome de “deformação lenta”. Na Fig. 2
estão apresentadas essas 3 deforma-
ções como modelos reológicos.
a) A mola como símbolo de uma de-
formação elástica;
b) O êmbulo com um fluido re-
presentando um elemento vis-
coso, como símbolo da defor-
mação fluência. Êsse modêlo
não considera a diminuição de
velocidade de deformação com o
“envelhecimento” do material.
c) A conjugação dos dois elementos
anteriores representando a de-
formação anelástica ou “elástica
retardada”. Nesse elemento é a
carga
P
inicialmente resistida pelo
êmbolo e aos poucos vai se trans-
ferindo para a mola. No descar-
regamento o retôrno da mola à
sua posição primitiva é retardado
pelo elemento viscoso. A título de
ilustração é apresentado modelo
reológico simplificado (Fig. 3) pro-
posto por Hansen para o concre-
to, onde se distinguem em duas
camadas o agregado e a pasta de
cimento:
4) Ainda como deformação provocada
por carga externa deve ser mencio-
nada a deformação transversal. Sua
grandeza é definida pelo coeficiente
2 Deveria ser separada aí a deformação
permanente provocada imediatamente
com o carregamento como conseqüência
de prematuras ruturas e fugos na estrutura
molecular da matéria.
FIG. 1 – DEFORMAÇÃO DE UM CONCRETO EM FUNÇÃO DE IDADE DO CARREGAMENTO
FIG. 2 – MODELOS REOLÓGICOS REPRESENTATIVOS DAS DEFORMAÇÕES (A) EL ÁSTICA,
(B) FLUÊNCIA E (C) ANELÁSTICA
FIG. 3 – MODÊLO REOLÓGICO PARA O CONCRETO SEGUNDO HANSEN
ARTIGO RETRÔ
| REVISTA 47 - 1962
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