REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
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PROTEÇÃO
CONTRA FOGO
E CORROSÃO
P
ara minimizar riscos contra a vida
e ao patrimônio, todo projeto de
edificação deve prever sua segu-
rança contra incêndio. O sistema
de segurança é uma combinação de pro-
teção ativa (detecção de calor ou fumaça,
chuveiros automáticos, entre outros) e
proteção passiva (resistência ao fogo das
estruturas, compartimentação, saídas
de emergência, entre outras). Os mate-
riais de proteção contra fogo impedem o
aumento excessivo da temperatura dos
componentes metálicos.
Eles devem apresentar baixa massa es-
pecífica aparente, baixa condutividade
térmica, alto calor específico, resistên-
cia mecânica adequada, garantia de in-
tegridade durante evolução do incêndio
e, claro, custo compatível. Atualmente,
a proteção mais utilizada para proteção
de estruturas metálicas é a argamassa
projetada cimentícia, feita de gesso,
agregados minerais, partículas de po-
liestireno, celulose e água. Ela deve ser
aplicada de forma homogênea e contí-
nua, de forma a trabalhar monolitica-
mente com a estrutura e acompanhar
seus movimentos sem fissuras ou des-
prendimento.
Também existe a placa rígida pré-fabri-
cada, geralmente composta de materiais
fibrosos, vermiculita, gesso e suas com-
binações. Elas são fixadas na estrutura e
possibilitam acabamentos diversos.
Já a tinta intumescente, quando submeti-
da a altas temperaturas, aumenta de vo-
lume e forma uma espuma rígida, retar-
dando o efeito do calor sobre o aço. Essa
tinta precisa de uma aplicação de primer
para proteger a estrutura contra corro-
são e garantir aderência do material.
PROTEÇÃO À CORROSÃO
Corrosão é o fenômeno natural de dete-
rioração de um material, geralmente um
metal, resultante de reações químicas
ou eletroquímicas com seu ambiente.
Pode-se dizer que as substâncias fun-
damentais na corrosão do aço carbono
são a água e o oxigênio, presentes na no
ar atmosférico e na umidade relativa do
ar. Os dois métodos mais adotados para
proteção de estruturas de aço contra a
corrosão são a pintura e a galvanização
por imersão a quente (ou a fogo). Uma
das vantagens da pintura é sua facilidade
de aplicação e de manutenção.
O que se deve atentar nas tintas anticor-
rosivas são suas características de imper-
meabilidade, aderência e flexibilidade.
Quanto menor a permeabilidade da tinta,
maior é sua durabilidade, pois os agen-
tes corrosivos ficam afastados do metal.
Pode-se classificar as tintas, das mais
permeáveis às de menor permeabilida-
de, a partir das alquídicas, seguidas das
epoxídicas e por último as poliuretânicas,
as duas últimas bicomponentes. Assim, a
poliuretânica é a tinta recomendada para
estruturas em ambientes externos.
A aderência é importante pois, se houver
qualquer corrosão (por falha na película
ou danos durante a vida útil da estrutura),
sua ação restringe o movimento da corro-
são, que deixa de avançar. E a boa flexibi-
lidade da tinta deve acompanhar toda sua
vida útil, acompanhando os movimentos
de dilatação e contração da base, sem fis-
surar ou trincar. Outro processo de prote-
ção contra a corrosão é a galvanização a
quente (ou a fogo). Trata-se de um reves-
timento de sacrifício feito de zinco sobre
um componente de aço ou ferro fundido.
Um grande diferencial é que as pequenas
áreas danificadas não necessitam de reto-
ques e não sofrem corrosão. Além disso,
mesmo que o custo inicial de aplicação seja
mais alto que o da pintura, ele gera gastos
menores de manutenção ao longo da vida
útil da estrutura. Também é possível unir
os dois sistemas, sendo que o tempo total
de proteção é maior que a soma dos tem-
pos de cada sistema individualmente.
REFERÊNCIAS
• Série Manuais de Construção em Aço,
publicados pelo CBCA:
– Projeto e Durabilidade
– Tratamento de Superfície e Pintura
– Resistência ao Fogo das Estruturas de
Aço
ESTRUTURAS METÁLICAS DEVEM SE PREVENIR
CONTRA O FENÔMENO NATURAL DA CORROSÃO
E CONTRA OS INDESEJÁVEIS INCÊNDIOS
PINTURA E GALVANIZAÇÃO POR IMERSÃO A
QUENTE SÃO OS MÉTODOS MAIS ADOTADOS DE
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
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