Revista Estrutura - edição 6 - page 5

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PALAVRA DO PRESIDENTE
| JEFFERSON DIAS DE SOUZA JUNIOR
D
urante estes dois anos em que
estive à frente da ABECE, procu-
rei, incessantemente, aproximar
construtores e projetistas. Nes-
te momento, precisamos nos unir e dar-
mos as mãos para superar a maior crise
político-econômica que já atravessamos.
No Brasil, mais do que na maioria dos
países desenvolvidos, temos uma relação
muita estreita entre produção e política...
entre a construção civil e os desmandos e
desatinos de seus dirigentes...
Independentemente da economia ir
bem ou mal, quando da substituição de
dirigentes, obras são paralisadas, paga-
mentos e faturas são suspensos, priorida-
des alteradas etc. A lista é extensa...
Isso não poderia acontecer. Nos países
mais desenvolvidos, quando há altera-
ções de dirigentes, apenas pequenas cor-
reções de rumo são realizadas.
Precisamos ter um plano a médio e
longo prazo, apenas com ajustes a se-
rem feitos no curto prazo. Não podemos
continuar vendo este país sendo levado
por planos mirabolantes que se alteram
ao sabor das demagógicas promessas
de políticos sem embasamento técnico a
procura de votos rasteiros por interesses
menores.
Políticos que, na sua grande maioria,
estão interessados prioritariamente no
seu próprio saldo bancário e, em segun-
do lugar, com a próxima eleição. Com essa
visão, a prioridade passa a ser apenas de
curto prazo.
Para um pleno desenvolvimento de
nosso país, uma das melhores alterna-
tivas seria, sem dúvida, o investimento
NOVA GESTÃO
NOVOS CAMINHOS...
externo. Com os fundos de investimentos
estrangeiros, existem trilhões disponíveis
para aplicações em quaisquer países e
um pequeno percentual desse montante
causaria uma enorme euforia em nossa
economia.
Mas, para que isso realmente aconte-
ça, os países que estão bem classificados
nesse ranking de supostas postulantes a
investimentos, têm que se mostrar segu-
ros, política e economicamente.
Quando lembramos do milagre brasilei-
ro na década de 70, falamos de uma épo-
ca em que, externamente, o Brasil passou
a ser visto com bons olhos e este fato fez
com que muito capital estrangeiro entras-
se aqui e gerasse uma verdadeira revolu-
ção na economia.
Deixando as perigosas visões políticas
de lado, as quais muito do que aconteceu
nessa época eu também não concordo, a
parte econômica cumpriu seu papel de
estabilizar o país e passar uma imagem
de segurança aos investidores externos.
E investimento estrangeiro, sem dúvida,
pode alavancar a economia brasileira de
uma maneira substancial.
Quando esta revista chegar a ser distri-
buída, estaremos encerrando o 2º turno
das eleições no Brasil. Espero que a equi-
pe que esteja assumindo a presidência
desta Nação possa tranquilizar o mercado
e passar a mensagem de credibilidade do
Brasil para os mercados interno e, princi-
palmente, ao externo.
Que o Brasil suba de forma considerá-
vel no ranking de investimento. E, para
que isto aconteça, teremos que passar
por diversas reformas e ajustes, fiscais e
estruturais.
Com um governo que atue nessa linha,
esperamos bons ventos para a Constru-
ção Civil e a melhora da economia de
uma maneira geral. Com esse pensamen-
to, com certeza, a ABECE/Construtoras/
Incorporadoras e empresas de projeto
como um todo devem estar alinhadas.
Boa sorte à nova equipe da ABECE, lide-
rada pelo eng. João Vendramini!
Espero que naveguem em águas que
corram para um novo horizonte, mais co-
lorido e com céu de brigadeiro...
Boa sorte, Brasil!
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