 
          
            05
          
        
        
          
            PALAVRA DO PRESIDENTE
          
        
        
          |  JEFFERSON DIAS DE SOUZA JUNIOR
        
        
          D
        
        
          urante estes dois anos em que
        
        
          estive à frente da ABECE, procu-
        
        
          rei, incessantemente, aproximar
        
        
          construtores e projetistas. Nes-
        
        
          te momento, precisamos nos unir e dar-
        
        
          mos as mãos para superar a maior crise
        
        
          político-econômica que já atravessamos.
        
        
          No Brasil, mais do que na maioria dos
        
        
          países desenvolvidos, temos uma relação
        
        
          muita estreita entre produção e política...
        
        
          entre a construção civil e os desmandos e
        
        
          desatinos de seus dirigentes...
        
        
          Independentemente da economia ir
        
        
          bem ou mal, quando da substituição de
        
        
          dirigentes, obras são paralisadas, paga-
        
        
          mentos e faturas são suspensos, priorida-
        
        
          des alteradas etc. A lista é extensa...
        
        
          Isso não poderia acontecer. Nos países
        
        
          mais desenvolvidos, quando há altera-
        
        
          ções de dirigentes, apenas pequenas cor-
        
        
          reções de rumo são realizadas.
        
        
          Precisamos ter um plano a médio e
        
        
          longo prazo, apenas com ajustes a se-
        
        
          rem feitos no curto prazo. Não podemos
        
        
          continuar vendo este país sendo levado
        
        
          por planos mirabolantes que se alteram
        
        
          ao sabor das demagógicas promessas
        
        
          de políticos sem embasamento técnico a
        
        
          procura de votos rasteiros por interesses
        
        
          menores.
        
        
          Políticos que, na sua grande maioria,
        
        
          estão interessados prioritariamente no
        
        
          seu próprio saldo bancário e, em segun-
        
        
          do lugar, com a próxima eleição. Com essa
        
        
          visão, a prioridade passa a ser apenas de
        
        
          curto prazo.
        
        
          Para um pleno desenvolvimento de
        
        
          nosso país, uma das melhores alterna-
        
        
          tivas seria, sem dúvida, o investimento
        
        
          
            NOVA GESTÃO
          
        
        
          
            NOVOS CAMINHOS...
          
        
        
          externo. Com os fundos de investimentos
        
        
          estrangeiros, existem trilhões disponíveis
        
        
          para aplicações em quaisquer países e
        
        
          um pequeno percentual desse montante
        
        
          causaria uma enorme euforia em nossa
        
        
          economia.
        
        
          Mas, para que isso realmente aconte-
        
        
          ça, os países que estão bem classificados
        
        
          nesse ranking de supostas postulantes a
        
        
          investimentos, têm que se mostrar segu-
        
        
          ros, política e economicamente.
        
        
          Quando lembramos do milagre brasilei-
        
        
          ro na década de 70, falamos de uma épo-
        
        
          ca em que, externamente, o Brasil passou
        
        
          a ser visto com bons olhos e este fato fez
        
        
          com que muito capital estrangeiro entras-
        
        
          se aqui e gerasse uma verdadeira revolu-
        
        
          ção na economia.
        
        
          Deixando as perigosas visões políticas
        
        
          de lado, as quais muito do que aconteceu
        
        
          nessa época eu também não concordo, a
        
        
          parte econômica cumpriu seu papel de
        
        
          estabilizar o país e passar uma imagem
        
        
          de segurança aos investidores externos.
        
        
          E investimento estrangeiro, sem dúvida,
        
        
          pode alavancar a economia brasileira de
        
        
          uma maneira substancial.
        
        
          Quando esta revista chegar a ser distri-
        
        
          buída, estaremos encerrando o 2º turno
        
        
          das eleições no Brasil. Espero que a equi-
        
        
          pe que esteja assumindo a presidência
        
        
          desta Nação possa tranquilizar o mercado
        
        
          e passar a mensagem de credibilidade do
        
        
          Brasil para os mercados interno e, princi-
        
        
          palmente, ao externo.
        
        
          Que o Brasil suba de forma considerá-
        
        
          vel no ranking de investimento. E, para
        
        
          que isto aconteça, teremos que passar
        
        
          por diversas reformas e ajustes, fiscais e
        
        
          estruturais.
        
        
          Com um governo que atue nessa linha,
        
        
          esperamos bons ventos para a Constru-
        
        
          ção Civil e a melhora da economia de
        
        
          uma maneira geral. Com esse pensamen-
        
        
          to, com certeza, a ABECE/Construtoras/
        
        
          Incorporadoras e empresas de projeto
        
        
          como um todo devem estar alinhadas.
        
        
          Boa sorte à nova equipe da ABECE, lide-
        
        
          rada pelo eng. João Vendramini!
        
        
          Espero que naveguem em águas que
        
        
          corram para um novo horizonte, mais co-
        
        
          lorido e com céu de brigadeiro...
        
        
          Boa sorte, Brasil!