Revista Estrutura - edição 2 - page 77

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construção derivadas de considerações
elásticas, até que a cortante e a aderên-
cia sejam críticas.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a L. Blakey e a ou-
tros membros da Commonwealth Scien-
tific and Industrial Research Organization
na Building Research Division, Highett,
Victoria, por confirmarem o desenvolvi-
mento de
Ec
e
fc’
com a idade, e por co-
mentários muito úteis.
REFERÊNCIA
1. Neilson, Knud E. C., “Leads on Rein-
forced Concrete Floor Slabs and Their
Deformations During Construction
,”
Bulletin
Number 15, Final Report, Swe-
dish Cement and Concrete Research
Institute, Royal Institute of Technolo-
gy, Estocolmo, 1952.
Recebido pelo Instituto no dia 4 de feverei-
ro de 1963. O título número 60-73 é parte
do Journal of the American Concrete Ins-
titute, Proceedings V, 60, Number 12, de
dezembro de 1963, com direitos autorais.
Impressões separadas são disponíveis por
50 centavos dólar cada, com pagamento à
vista com o pedido.
American Concrete Institute, Caixa Postal
4754, Redford Station, Detroit, Michigan,
48219.
COMENTÁRIOS E
OBSERVAÇÕES
*
POR KING ROYER
**
E AUTORES
Os autores evitaram estender sua aná-
lise para as evidentes conclusões práti-
cas, ou seja:
1. O escoramento de todas as lajes deve-
rá ser projetado para uma sobrecarga
de pelo menos 50%, em comparação
com o projeto para a correspondente
estrutura provisória onde cada laje
está apoiada; e
2. A exigência da “ACI Standard Recom-
mended Practice for Concrete Form-
work (ACI 347-63)” que as cargas tem-
porárias em lajes não excederem as
cargas do projeto, pode ser satisfeita
apenas por projeto de tais cargas tem-
porárias.
FATORES COMPLICADORES
A análise dos autores é simples para as
premissas assumidas. No entanto, exis-
tem diversas variações práticas a partir
dessas premissas.
1. Embora uma curva para a variação
de
Ec
com o tempo foi apresenta-
da, os tempos assumidos são tais
que essa variação é praticamente
proporcional. Isso não se aplica sob
duas condições; variação nas condi-
ções climáticas, e maior velocidade
no lançamento do concreto. As con-
dições climáticas são imprevisíveis,
mas sua influência é a mesma não só
no tempo reduzido de lançamento
do concreto como também em um
tempo variável de lançamento. Na
construção prática, os tempos mais
curtos e variáveis de lançamento são
mais comuns. Um anúncio recen-
te da Portland Cement Association
mostrava um edifício com três con-
juntos de escoramentos e afirmava
que um pavimento era concretado a
cada 4 dias. Se partirmos da premis-
sa de que a montagem das formas
e a concretagem leva apenas 2 dias
(um mínimo absoluto) isso exigirá
que a laje que está sendo concretada
seja apoiada em lajes que já têm de
6 a 12 dias de idade; se a operação
for contínua, a retirada do pavimen-
to inferior começará no dia seguinte
em que um pavimento é concretado,
e as lajes de suporte serão de 5 e 9
dias de idade.
2. A carga do pavimento de 244 Kgf/m²,
73 Kgf/m² de carga de acabamento,
e 73 Kgf/m² de carga de divisórias
são cargas que não podem ser es-
peradas em muitos casos na prática
dos Estados Unidos. Se forem usa-
dos os 195 Kgf/m² exigidos em Nor-
ma, os acabamentos negligenciáveis
(como na construção de apartamen-
tos com lajes planas), as divisórias /
paredes serão apoiadas nos pontos
que forem providenciados na cons-
trução e uma carga de construção
é acrescentada. Se considerarmos
uma laje de 20 cm, a carga temporá-
ria no Nível 3 passa a ser 1220 Kgf/
m², em comparação com uma carga
no projeto de 664 kgf/m².
3. Os autores partem do princípio de
que a rigidez à flexão de uma laje
depende somente do módulo de
elasticidade do concreto. Perto dos
pilares, as lajes planas terão tanto
aço comprimido quanto traciona-
do, o que deverá fazer com que a
laje seja mais rígida, sem aumento
considerável na resistência, parti-
cularmente porque a resistência à
aderência é baixa.
*ACI JOURNAL, Proceedings V. 60, Num-
ber 12, dezembro de 1963, página 1729.
**Membro da American Concrete Ins-
titute, Instructor in Building Construc-
tion, University of Florida, Gainesville,
Florida.
PRÁTICAS DE
CONSTRUÇÃO
Algumas mudanças no procedimento
e no ACI 347-63 são indicadas para as
formas de edifícios multipavimentos. A
partir de dados limitados disponíveis,
este redator já ficou convencido de que
o uso de cargas dinâmicas para o pro-
jeto do piso é contestável, a menos que
sejam consideradas as cargas da cons-
trução. Em outras palavras, as estru-
turas para cargas leves demonstram,
durante o período da construção, uma
habilidade muito maior de suportar car-
gas do que será necessária no serviço.
Se não ocorrer qualquer falha durante
a construção, sob as práticas normais
de construção, é improvável acontecer
uma falha posterior.
A recomendação do ACI 347-63 de que
as lajes não devem suportar cargas
além de seu projeto parece ser impra-
ticável. Para cumprir essa disposição, o
engenheiro de projetos deve projetar
as lajes para as cargas da construção.
Como uma questão prática, isso seria
facilmente realizado por uma exigência
na própria carga dinâmica. Tal mudança
poderá exigir um aumento em todas as
cargas dinâmicas na construção de vá-
rios pavimentos, exceto no primeiro e
nos dois últimos, por exemplo.
O reescoramento das lajes inferiores
é uma prática inaceitável e os perigos
são novamente realçados no paper dos
autores. O escoramento nos centros de
lajes planas, embora condenado por
recomendações anteriores, onde não
é há qualquer aço negativo, continua
como uma prática de construção. Este
artigo menciona as dificuldades em
admitir a distribuição da carga entre
lajes por causa de possíveis falhas de
1...,67,68,69,70,71,72,73,74,75,76 78,79,80,81,82,83,84
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