Revista Estrutura - edição 2 - page 74

REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
74
Royal Melbourne Technical College. O
professor Kabaila fez o seu mestrado na
University of New South Wales por seu
trabalho sobre placas dobradas. Este
paper foi redigido enquanto o professor
Kabaila trabalhava na Victorian Branch
of Civil and Civic Pty.
Acima do nível 4 as cargas convergiram
para o ciclo mostrado no final da Figura
1, com um fator de carga máxima de 2.00
na laje inferior após 21 dias.
Se a análise for repetida com o uso de
dois ou quatro níveis de escoramentos
(
m
= 2 ou 4), resultados mostram que a
carga máxima é sempre aplicada pela
última laje recém concretada antes da
remoção das escoras ao nível do solo.
Quando
m
= 2, o fator máximo absoluto
é de 2,25 em 14 dias, e quando
m
= 4 o
máximo absoluto é de 2,43 em 28 dias.
Em cada caso (na verdade, para qual-
quer número de pisos escorados) as
cargas convergem em um ciclo no qual
a laje inferior do sistema escorado tem
um índice de carga de 2,00, que é alcan-
çado por incrementos iguais para cada
Operação A e B.
A partir desta análise fica evidente que o
aumento no número de pisos escorados
não implica em qualquer redução na mé-
dia das cargas máximas de construção so-
bre as lajes. Na verdade, a carga máxima
absoluta aumenta com um número maior
de pisos escorados. No entanto, a idade
da laje em que esses máximos ocorrem
também aumenta, assim o aumento da
resistência do concreto pode muito bem
compensar a carga extra como uma con-
sideração do projeto.
ANÁLISE DE LAJES
COM VARIAÇÃO DA
RIGIDEZ
À FLEXÃO
Na prática, o módulo de
elasticidade do concreto
Ec
aumenta com a idade
bem como a resistência
do concreto
fc´
, embora
este aumento seja em uma
proporção diferente. Os
gráficos típicos de
Ec
e
fc’
para valores aos 28 dias
são mostrados na Figura
3, onde o
Ec
se desenvolve
mais rapidamente e depois disso é mais
constante que
fc’
.
A rigidez à flexão de uma seção não fis-
surada é levemente afetada pela porcen-
tagem de aço, e pode ser avaliada nessa
análise como sendo diretamente propor-
cional a
Ec
. As áreas em que as lajes pla-
nas têm probabilidade de fissurar estão
localizadas nas regiões de seção crítica e
próximo aos pilares. Embora a análise an-
terior tenha usado um módulo de elastici-
dade constante para todas as lajes e com
todos os aumentos de carga sendo
distribuídos igualmente entre as la-
jes endurecidas, é mais realista dis-
tribuir as cargas entre as lajes pro-
porcionalmente às suas rigidezes,
que são consideradas como sendo
proporcionais a
Ec
.
São necessários dois conjuntos de
fatores de distribuição. No que se
refere ao procedimento típico da
construção (
m
= 3), na Operação A
as lajes tem 0, 7, 14 e 21 dias e na
Operação B as lajes têm 5, 12 e 19
dias. Usando os valores de
Ec
indica-
dos na Figura 3, os fatores de distribuição
são 0, 0,31, 0,34 e 0,35 para a Operação A
e 0,293, 0,343 e 0,364 para a Operação B.
Para
Ec
constante todos esses fatores de
distribuição foram 0,333.
A análise com esses fatores é mostrada na
Figura 2, e pode-se notar que os índices de
carga obtidos não diferem excessivamen-
te daquelas obtidas para lajes com rigidez
constante. No caso de
Ec
constante, as
lajes com cargas mais pesadas permane-
cem as últimas a serem carregadas antes
BOAS PRÁTICAS CONSTRUTIVAS
| CIMBRAMENTO - ACI
1...,64,65,66,67,68,69,70,71,72,73 75,76,77,78,79,80,81,82,83,...84
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