Revista Estrutura - edição 2 - page 44

6. INFLUÊNCIA DA
VELOCIDADE DE DEFORMAÇÃO
SOBRE A RELAÇÃO
TENSÃO-DEFORMAÇÃO
A forma da curva tensão-deformação do
concreto depende de uma série de mui-
tas condições. Nas curvas experimentais
obtidas por GIanville p. ex., (ver Fig. 7) em
cada ensaio o carregamento cresceu com
velocidade constante e a cada velocida-
de de carregamento correspondeu uma
curva de forma diferente. Além disso ao
se aproximar o material da ruptura, cres-
cem as deformações com maior velocida-
de com o que se precipita a ruptura. Seria
interessante poder observar o trecho da
curva tensão-deformação situado após
a tensão mais alta ter sido atingida. Isso
seria possível se se mantivesse constante
não a velocidade de carregamento mas a
velocidade de deformação, evitando que
as rupturas fôssem rapidamente alcan-
çadas (Fig. 11).
Segundo uma sugestão do Eng. C. Rüsch
que conduziu também os respectivos en-
saios no Laboratório de Munique, deter-
mina-se através as curvas de velocidade
constante de deformação os diagramas
de tensões nas zonas de compressão
das vigas. Pela hipótese de Bernouilli a
velocidade de deformação dessa zona
de compressão é proporcional às distân-
cias à linha neutra. Assim, em um dado
instante, a cada elemento corresponde
uma dada curva, o que determina o dia-
grama de tensões para o instante consi-
derado. Resta saber, se nos referimos ao
estado de ruptura, qual a deformação
máxima que poderá ser atingida no bor-
do. Essa deformação será aquela que,
pela integração do diagrama, conduza a
um valor máximo do momento resisten-
te. Observa-se assim que êsse máximo
FIG. 10 – RELAÇÃO ENTRE A CARGA E AS DEFORMAÇÕES LONGITUDINAL, TRANSVERSAL E MODIFICAÇÃO DE VOLUME EM UM ENSAIO DE
COMPRESSÃO SIMPLES
REVISTA ESTRUTURA
| OUTUBRO • 2016
44
ARTIGO RETRÔ
| REVISTA 47 - 1962
FIG. 9 – RELAÇÃO ENTRE A DEFORMAÇÃO LENTA DO CONCRETO E O MÓDULO DE ELASTICIDADE
DO AGREGADO
1...,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43 45,46,47,48,49,50,51,52,53,54,...84
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