Revista Estrutura - edição 2 - page 65

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ESPAÇO BIM
| O BIM COMO ELO DE LIGAÇÃO ENTRE OS PROJETOS DE ENGENHARIA E A ARQUITETURA
O BIM COMO ELO DE
LIGAÇÃO ENTRE OS
PROJETOS DE ENGENHARIA
E A ARQUITETURA
1. O PROCESSO GERAL
DO TRABALHO
COLABORATIVO EM BIM
O processo de trabalho colaborativo e
multidisciplinar foi o grande diferencial
do projeto que fizemos para o BID, por
demanda da Secretaria de Infraestrutura
de Manaus, se comparado a outros que
acontecem no Brasil. O modo de traba-
lhar foi bastante diferente do tradicional,
onde a tecnologia BIM foi o elemento de
união entre todos os envolvidos.
De antemão, escritórios diferentes em
estados diferentes, só tinham uma ma-
neira de trabalhar que não fosse a pre-
sencial. As reuniões por videoconferên-
cia e mensagens de discussão de projeto
através de aplicativos específicos manti-
nham os projetos sendo trabalhados de
forma conjunta. Além disso, servidores
de arquivos compartilhados na rede tam-
bém foram de grande ajuda no processo.
Após esse trabalho, tivemos tempo de
analisar outras soluções de colaboração
e de servidor de arquivos. Para próximos
trabalhos, novas soluções serão colo-
cadas em prática a fim de facilitar ainda
mais a colaboração dessa grande equipe
que contou com mais de 20 profissionais.
Desde o início dos trabalhos, ainda du-
rante os Estudos preliminares de arqui-
tetura, todos os engenheiros envolvidos
já externavam suas opiniões, críticas e di-
ALEXANDER JUSTI
ARQUITETO E
URBANISTA
DIONÍSIO AUGUSTO
AMERICANO DE
NEVES E SOUZA
ENGENHEIRO CIVIL
FLÁVIO GAIGA
ENGENHEIRO CIVIL
cas para chegar ao anteprojeto com um
modelo contendo soluções para quase
todos os problemas que poderiam surgir
adiante.
Antes dos trabalhos começarem, inves-
timos um bom tempo para a criação de
um padrão de trabalho entre todos os
escritórios. A definição de uma metodo-
logia de trabalho que contasse com con-
trole de nomenclatura de arquivos, dire-
tórios e revisões. Foi também criado um
documento de padrão de representação
gráfica e
checklist
de projetos. Além disso,
padrões de pranchas, carimbos e de se-
tagem de impressão, para que todos pu-
dessem trabalhar de forma harmônica.
Dentro desse padrão, foi organizado
como o modelo federado (conjunto) iria
ser feito e controlado. Um gráfico foi
criado para apresentar as ligações dos
arquivos de referência externa e seus
responsáveis. Dessa maneira, ficou mais
fácil de controlar o modelo para mantê-lo
atualizado.
A arquitetura passou a não ser mais
mandatária do projeto. As discussões
conjuntas com as engenharias faziam a
arquitetura se adaptar para atender a
todas as demandas. O desenvolvimento
do projeto estrutural (concreto armado e
estrutura metálica) propunham as princi-
pais modificações, buscando as melho-
res soluções conjuntas. O trabalho em
cima de um modelo tridimensional fede-
1...,55,56,57,58,59,60,61,62,63,64 66,67,68,69,70,71,72,73,74,75,...84
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