Revista Estrutura - edição 3 - page 67

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módulo de elasticidade alcançado de
52,9 GPa;
bombeamento a altura de 425 m;
concreto branco;
acabamento arquitetônico em con-
creto aparente (sem bolhas na super-
fície);
baixo calor de hidratação (limitado ao
máx. de 71º C – atingido máx. de 64º C);
baixíssima retração;
concreto com baixa fluência;
necessário trabalhabilidade e capa-
cidade de bombeamento por até 4 h
(Autoadensável – SCC – com espalha-
mento de 80 cm sem segregação);
resistência inicial em um dia (fc,1dia
atingida de 37 MPa, em média);
concreto sustentável (este concreto
foi desenvolvido para atingir e supe-
rar esta exigência em específico. O
concreto continha apenas 29% de ci-
mento, o que o torna extremamente
sustentável, economizando toneladas
de CO2, água potável etc.)
auto adensável, sem buracos, e uma
forte aderência entre a armadura e o
concreto;
sem descoloração;
possui durabilidade de modo a supor-
tar qualquer impacto do ambiente.
DESAFIOS NO
BOMBEAMENTO
No caso específico do 432 Park Avenue, o
concreto foi bombeado sem maiores di-
ficuldades, apesar de todas as restrições
e requisitos exigidos sobre o concreto no
estado fresco, bem como suas proprie-
dades no estado endurecido.
CONCRETAGEM NO INVERNO E
AS MENORES TEMPERATURAS
ENFRENTADAS
Por estar localizada em Manhattan, a
obra não poderia parar. Dessa forma, o
processo de concretagem também foi
continuado durante o inverno. A tempe-
ratura ambiente mais baixa (se me re-
cordo bem) foi da ordem de -15º C ou um
pouco mais. A temperatura do concreto
fresco estava em torno de 13 a 15º C, de
modo a se conseguir aplicar o material.
O FUTURO DO
CONCRETO E SEU USO EM
EDIFÍCIOS ALTOS
Os desafios do crescimento populacional
e as mudanças na vida urbana, bem como
os riscos ambientais, são as principais va-
riáveis que determinam o modo como va-
mos construir nossas edificações.
O concreto, como o material feito pelo
homem mais usado, tem evoluído ao
longo dos últimos séculos e possibilitou
à humanidade, a capacidade de cons-
truir de forma mais eficiente e economi-
zar recursos.
No entanto, os recursos naturais estão se
esgotando e temos de nos certificar que,
sempre que construímos, devemos fazer
com a mentalidade de criar algo mais du-
rável do que era no passado.
No futuro, viveremos predominante-
mente em cidades, o que exigirá uma
construção focada no meio ambiente,
com estruturas de grande durabilidade.
Estruturas que devem ser capazes de
resistir a deterioração ambiental e me-
lhorar sua resposta aos mecanismos de
degradação como por exemplo RAS (rea-
ção álcali-silica), penetração de cloretos,
abrasão, ataque por sulfatos, carbona-
tação etc., permitindo construirmos com
materiais mais eficientes. A combinação
da eficiência dos materiais com soluções
para construções sustentáveis, resulta
numa redução do impacto humano so-
bre o ambiente.
O concreto como principal material de
construção, passará por mudanças que
permitirão aos engenheiros construir
e projetar em ambientes bastante de-
safiadores. Os concretos, em conjunto
com novas opções de aço tratado, serão
utilizados na construção de novos edi-
fícios esbeltos, tendo, portanto, menor
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