Revista Estrutura - edição 7 - page 65

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PRIVILEGIANDO A TÉCNICA
SERÁ O TEMA DO ENECE 2019
ANÁLISE ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS DE PAREDES DE
CONCRETO COM A INCORPORAÇÃO DA INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA E DAS AÇÕES EVOLUTIVAS
A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA PARA A
ELABORAÇÃO DO CÓDIGO MODELO 2020 DA
FIB
A
edição deste ano do
ENECE
(Encontro Nacional de En-
genharia e Consultoria Es-
trutural),
agendado para o
dia
7 de novembro de 2019
, em São
Paulo, terá como tema central
“Privi-
legiando a Técnica”
.
Realizado anual-
mente desde 1998, o evento é o mais
concorrido do segmento e reúne pro-
fissionais da área de projetos estrutu-
rais, construtores, estudantes e demais
interessados em torno das inovações
tecnológicas que influenciam a rotina
de trabalho do segmento. O evento
também se tornou o ponto de encontro
de lideranças da área de engenharia e
nele é realizada a tradicional premiação
das obras mais significativas do ano.
T
ese defendida por
Rômulo
da Silva Farias
no Depar-
tamento de Engenharia de
Estruturas da Escola de En-
genharia de São Carlos-USP. O tra-
balho investiga a interação solo-es-
trutura (ISE) em edifícios de paredes
de concreto apoiados em fundação
do tipo radier. Considera a sequência
construtiva da edificação, denomina-
da por ações evolutivas, objetivando
obter resultados mais condizentes
com a estrutura real. A investigação é
realizada mediante simulação numé-
rica utilizando o Método dos Elemen-
tos Finitos (MEF) por meio do pacote
computacional DIANA®. A tipologia
do modelo numérico é baseada em
um conjunto de edifícios já construí-
dos. O estudo indica que os efeitos
da ISE na estrutura têm uma maior
dependência da rigidez relativa es-
trutura-solo. Deste modo, é proposto
um coeficiente específico de rigidez
relativa estrutura-solo para edifícios
de paredes de concreto. Orientador:
Marcio Roberto Silva Corrêa
.
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disponiveis/18/18134/tde-19022019-
104219/pt-br.php
C
om uma participação mais ativa
no capítulo sobre Projeto e Ava-
liação da Comissão 10 encarre-
gada de desenvolver a versão
2020 do Código Modelo da
fib
(Federação
Internacional de Concreto), o engenheiro
Fernando Stucchi acaba de retornar de
um encontro da entidade, realizado em
Lausanne, na Suíça, nos dias 12 e 13 de
abril, na qual foram analisados diversos
pontos relacionados com a discussão do
Model Code 2020. “O principal foco do
nosso voto foi a crítica do “Fator de Re-
sistência Global”, que havia sido definido
sem levar em conta o Modo de Ruptura,
isto é, independentemente do modo ruí-
na, pelo aço ou pelo concreto, o fator era
o mesmo”, explica Stucchi.
O engenheiro, que é o líder da comis-
são brasileira encarregada de contribuir
com a revisão do Model Code 2020, en-
fatizou que não se pode abandonar os
critérios de ruína e substituí-los pelo
ponto em que o programa não conse-
gue mais convergir. “É fundamental que
o programa saiba identificar o modo de
ruína, o que ainda não é possível”, escla-
rece. Stucchi disse ainda que procurou
chamar a atenção para se deixar uma
“porta aberta para a inovação, mas com
cuidado para não perdermos elementos
essenciais”.
Na avaliação de Stucchi, o texto da re-
visão está começando a aparecer e sua
intenção é programar mais uma reunião
da comissão brasileira. “A ideia é que a
comissão brasileira vá acompanhando e
comentando o texto. Para tanto, existe
uma divisão dos trabalhos envolvendo
vários profissionais, cada um dentro de
sua especialidade”, complementou. No
plano internacional, a Comissão 10 da
fib
tem realizado de três a quatro reuniões
por ano, desde 2017. As próximas estão
agendadas para Krakow (Polônia), dias
23 e 24 de maio; Lausanne, nos dias 4 e
5 de outubro; e Tokyo, nos dias 13 e 14
de dezembro.
TESES E DISSERTAÇÕES
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