Revista Estrutura - edição 7 - page 57

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ambos os encontros, fechou-se na
parte superior (Figura 35.1), confir-
mando os movimentos observados,
i.e. 90 + 10 = 2 x 50 mm. Isso suge-
re que o encontro A provavelmente
moveu 50 mm horizontalmente até
apoiar-se lateralmente nas vigas
T que continuaram a se mover até
apoiar-se no encontro B.
y
y
As vigas cortinas encontravam-se
travadas e apoiadas nas vigas T alte-
rando o comportamento estrutural
da ponte. Graute de preenchimento
foi observado entre as vigas cortinas
e as vigas T indicando que os movi-
mentos acima foram inesperados.
y
y
Observações no muro de solo re-
forçado mostraram evidências do
deslocamento acima com rotação
na parte superior próxima da viga
cortina.
As observações acima evidenciaram
que a ponte não mais trabalhava como
uma estrutura simplesmente apoiada
com o modelo estrutural originalmente
concebido, mas também de certa forma
travada lateralmente pelas vigas cortinas.
Uma reavaliação do projeto de ampliação
tornou-se necessária.
AS CAUSAS
Verificações do projeto original do
muro de contenção suportando as vigas
cortinas confirmaram que a estrutura
foi adequadamente dimensionada para
as cargas verticais da ponte do ponto de
vista de estabilidade global, segurança
contra um estado
limite último. No
entanto,
houve
pouca preocupa-
ção quando ao
compo r t amen to
da estrutura em
serviço e como
isso poderia in-
fluenciar no com-
portamento
es-
trutural da ponte,
mesmo sabendo-
-se do compor-
tamento
flexível
da estrutura de
contenção. Houve
pouca discussão e
comunicação en-
tre o engenheiro
de estruturas res-
ponsável pela ponte e a equipe de proje-
to do muro de solo reforçado.
Esse problema é em parte oriundo da
nossa educação como engenheiros onde
existe grande ênfase no estudo das car-
gas e tensões em estruturas, mas pouco
em termos de deformações e seus efei-
tos nas estruturas.
Uma outra causa verificada no caso
acima trata-se da dificuldade de compac-
tação do solo próximo aos elementos da
face onde os reforços de geossintéticos
são ancorados. Ensaios de cone dinâmi-
co realizados no muro indicaram solos fo-
fos perto da face que contribuíram ainda
mais para o problema acima, do ponto de
vista de uma potencial rotação do muro,
parte também relacionada à carga excên-
trica aplicada às vigas cortinas.
COMO EVITAR E O QUE FOI
FEITO PARA A AMPLIAÇÃO
A maioria das normas que utilizam o
conceito de estados limites requerem
a avaliação do estado limite de serviço.
Isto torna-se ainda mais importante nos
casos com estruturas flexíveis e poten-
cialmente sujeitas a grandes deforma-
ções. Um retro análise da construção da
FIG. 35.1 – VIGA CORTINA NO ENCONTRO A (NOTAR ALMA DA VIGA CORTINA
ENCOSTANDO NA VIGA T)
FIG. 35.2 - RETRO ANÁLISE NUMÉRICA DAS DEFORMAÇÕES INDUZIDAS PELA PONTE ORIGINAL
1...,47,48,49,50,51,52,53,54,55,56 58,59,60,61,62,63,64,65,66,67,...68
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