REVISTA ESTRUTURA
| MAIO • 2019
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ponte (Figura 35.2) verificou que o nível
de deformações observado (165 mm de
movimento total para o encontro ‘A’ com
90 mm horizontal) poderia ser previsto,
não obstante certo grau de incerteza e
variabilidade.
Para a ampliação da ponte, foi mantido
o conceito e premissa inicial do projeto
onde buscava-se comportamento seme-
lhante entre os elementos estruturais
novos e existentes.
Uma análise criteriosa da sequência
construtiva com previsão das deforma-
ções da estrutura durante e pós constru-
ção e sua influência na distribuição das
tensões na estrutura foi realizada. A deci-
são foi promover o contato das novas vi-
gas T pré-moldadas com a nova extensão
das vigas cortinas através de aparelho
elastomérico horizontais e macacos tipo
“
flat-jack
” bem como somente promover
a costura da nova viga cortina com a exis-
tente após a estabilização das deforma-
ções previstas no modelo (Figura 35.3). O
muro de solo reforçado com geossiténti-
co foi também reforçado ainda mais com
grampos de solo para controle das defor-
mações (Figuras 35.4 e 35.5).
Toda a construção foi monitorada com
medida dos deslocamentos e o desem-
penho excedeu as expectativas de pro-
jeto. Os recalques após a construção do
tabuleiro (antes do tráfego) foi da ordem
de 15 mm, 60% do valor estimado duran-
te o projeto (25 mm).
O projeto de ampliação confirmou a so-
lução adotada, possível mesmo com uma
estrutura de contenção flexível, uma vez
que as deformações foram conhecidas.
FIG. 35.3 - DETALHE DAS NOVAS VIGAS (DETALHE B - “FLAT-JACKS”)
FIG. 35.4 - REFORÇO COM
GRAMPOS DE SOLO (CONTROLE
DAS DEFORMAÇÕES)
FIG. 35.5 -
NOVAS VIGAS
T INSTALADAS
NAS DUAS
LATERAIS DA
PONTE (NOVA
VIGA CORTINA
AINDA NÃO
“COSTURADA”)
APRENDENDO COM OS ERROS
| POUCA DISCUSSÃO ENTRE AS EQUIPES