Revista Estrutura - edição 3 - page 5

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PALAVRA DO PRESIDENTE
| JEFFERSON DIAS DE SOUZA JÚNIOR
É
longaminha atuação na área da cons-
trução civil, mais especificamente, na
engenharia estrutural. Agora, na con-
dição de atual presidente da ABECE,
espero contribuir para unir os elos da cadeia
produtiva.
Estamos vivenciando um período de sobre-
vivência, tendo em vista a situação política e
econômica do país com a qual nos defron-
tamos. Nesse contexto, temos que, neces-
sariamente, nos adequarmos, inovarmos,
além de nos unirmos em prol do desenvolvi-
mento e do crescimento do setor, nos preo-
cupando aindamais comos custos finais das
obras, uma vez que impactam diretamente
nos resultados almejados por nossos con-
tratantes, quer sejam eles incorporadores
imobiliários, investidores ou empresários.
Somos todos parceiros:
construtoras
incorporadoras e investidores
projetistas
Juntos precisamos vencer esta etapa dura,
porém necessária, para a superação.
Quando digo projetistas, estoume referindo
aos profissionais que atuam nas áreas de:
Arquitetura
Estrutura
Fundações
Instalações
Paisagismo
Infraestrutura, etc...
Nós, e os projetistas das demais áreas, te-
mos que, literalmente, “tirar da manga” car-
tas com as soluções mais adequadas para
cada caso. Certamente é umgrande desafio,
levando em conta:
Localização da obra
Localização dos contratantes
Partido definido pela Arquitetura
Técnicas disponíveis
Cultura e expertise da contratante
Qualidade e disponibilidade da mão de
obra local
MOMENTO EXIGE
SUPERAÇÃO
Em função das dimensões continentais de
nosso país, internamente, temos culturas
e conhecimentos diferentes, o que eu cha-
maria de “cultura regionalizada”, que muito
influencia na tomada de decisões.
Será que uma solução considerada ideal
para uma região pode não ser adequada
para outra?
Sim, não há dúvidas quanto a isso.
Cabe a nós, profissionais do projeto, nos in-
tegrarmos e nos inteirarmos sobre as técni-
cas disponíveis, inovações e considerarmos,
comolhar crítico, as soluções viáveis a serem
apresentadas ao nosso cliente, consideran-
do todas as variáveis.
Temos que saber propor alternativas para
obtermos o melhor custo/benefício para
cada obra/projeto, contribuindo, desta for-
ma, como parceiros que somos, para o aten-
dimento da viabilidade financeira e da quali-
dade final esperadas.
Quanto à estrutura, poderemos imaginar
que possa ser convencional, paredes de
concreto, pré-moldada, concreto protendi-
do, metálica, alvenaria, lajes nervuradas...
Para isso, temos que participar do nasci-
mento do projeto, tentando, desde o início,
harmonizar a solução estrutural adequada
para cada arquitetura concebida. Ainda nos
dias de hoje, convivemos com construtoras
de pequeno e médio porte nos consultando
quando já têm um produto absolutamente
definido. Concebem uma obra sem ao me-
nos realizar uma sondagem para se avaliar o
custo de um 2º, 3º ou 4º subsolos, do impac-
to dos vizinhos/divisa, da interferência do
lançamento dos pilares nas garagens, sendo
que inúmero deles e sua distribuição estão
relacionados à solução adotada.
Sei que, para muitos, estou falando o óbvio,
mas, como frisei, o Brasil tem dimensões
continentais, e o que pode parecer evidente
em uma região, pode muito bem não sê-lo
em outra...
Por isso, cabe a nós um importante desafio:
Unirmo-nos em prol da geração de obras
projetadas com segurança, concebidas
com soluções construtivas mais adequa-
das, melhor custo/benefício, levando em
conta:
o
As diversas Normas vigentes
o
A qualidade e o conforto que o usuário
final exige
o
Tudo com custos reduzidos ao máximo
para o nosso contratante que atravessa
fase crítica em nossa área.
Para que a as parcerias sejam efetivas e con-
tinuem em constante evolução, os projetis-
tas de estrutura, assim como os demais par-
ceiros de projetos, deveriamestar presentes
e integrados, não apenas na concepção e no
desenvolvimento dos projetos, mas, na me-
dida do possível, durante todo o processo
produtivo no decorrer da obra.
Mas isso já é assunto para outro dia...
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