13
O acesso do Ramo Ponte ao futuro pro-
longamento da Marginal Expressa do Rio
Pinheiros, em direção a Interlagos, será
feito por meio do Ramo 200, a partir do
Apoio AP2 (ver Figura 2).
O Ramo 200 será executado quando
da implantação do prolongamento da
Marginal Expressa.
A ponte tem a função de interligar o
bairro do Morumbi, através da avenida
Itapaiúna, com a avenidas das Nações
Unidas na outra margem, e permitir, atra-
vés do Ramo 100, o retorno do usuário
que trafega pela Marginal Pinheiros. O
Ramo 200, por sua vez, permitirá o aces-
so da avenida Itapaiúna à futura pista do
prolongamento da Marginal Expressa do
Pinheiros, no sentido de Interlagos.
Trata-se de uma geometria complexa
decorrente dos diversos movimentos a
serem atendidos.
O Ramo Ponte, até seu encontro com o
Ramo 200 e com o Ramo 100, foi previsto
cas do traçado, o conforto do usuário e
a durabilidade da estrutura e, por outro,
às exigências dos gabaritos rodoviário,
ferroviário e hidroviário, além de se com-
patibilizar com as interferências aérea e
subterrânea das redes elétrica, drena-
gem, gás, esgotamento sanitário, e com
estruturas já existentes, todas sem pos-
sibilidades de remanejamento, à exceção
da rede de alta tensão.
Complementarmente a esse conjunto
de exigências, a obra deveria, dentro do
possível, apresentar o melhor proporcio-
namento de vãos e de alturas de constru-
ção e agregar esteticamente ao entorno,
de forma marcante.
A partir desse cenário buscaram-se so-
luções e alternativas que resultaram nas
seguintes escolhas:
•
A geometria curva da obra e a con-
vergência de ramos sugeriu a adoção
de uma estrutura em concreto pro-
tendido, com altura de construção
variável no vão principal sobre o rio
e nos dois adjacentes. Nos demais
vãos a altura foi mantida constante.
•
Sobre o rio estabeleceu-se um vão de
112,00m e para os adjacentes 78,91m
e 84,40m no Ramo Ponte, e 79,60m
para o Ramo 100 (ver Figura 3).
•
A altura de construção nos apoios
do vão maior foi fixada em 6,00m (h/l
=1:18,60) e no meio do vão em 3,00m
(h/l = 1:37,33). A altura de 3,00m foi
assumida para o restante dos vãos.
•
Após os ajustes com o viário inferior
e a compatibilização com as inter-
ferências, chegou-se à seguinte dis-
posição dos encontros e dos apoios
(ver Fig. 1.a na página 12):
o
Ramo Ponte:
– Encontro: E1: 42,15 m;
– Vãos: 45,00m; 55,00m; 27,30m;
78,91m; 112,00m; 84,40m e
61,60m;
– Encontro: E2: 100,51m;
– Comprimento do Ramo Ponte:
606,87m.
o
Ramo 100:
– Encontro: E3: 7,28 m;
– Vãos: 55,00m; 55,00m; 79,60m;
– Comprimento do Ramo 100:
196,88m.
o
Ramo 200:
– Encontro: E4: 71,90 m;
– Vãos: 35,66m; 43,00m; 36,00m;
– Comprimento do Ramo
200: 186,56m.
FIGURA 1B – ACESSO AO RAMO PONTE ATRAVÉS DO RAMO 100
FIGURA 2 – FUTURO RAMO 200
FIGURA 3 – ELEVAÇÃO – VÃO CENTRAL E ADJACENTES
com uma plataforma para duas faixas de
rolamento de 3,50m e uma largura total
de 8,96m, confinadas por guarda rodas
nas extremidades. Essa mesma configu-
ração foi definida para o Ramo 100 e para
o futuro ramo 200.
A partir da junção do Ramo Ponte com
o Ramo 100, nas imediações do Apoio
AP4, o tabuleiro converge para uma pla-
taforma com três faixas de rolamento de
3,50m e uma largura total de tabuleiro de
12,46 m. Os inúmeros movimentos ne-
cessários para atender aos diferentes flu-
xos exigiram uma geometria com vários
trechos curvos e com raios relativamente
pequenos, da ordem de 100m. As pis-
tas possuem uma declividade constante
transversal de 3% no sentido radial, vol-
tada para o centro da curva.
Os gabaritos mínimos que foram aten-
didos são respectivamente de 5,50m
para a passagem de veículos, 7,00m para
a faixa sobre a ferrovia e de 13,00m x
40,00m sobre o rio Pi-
nheiros. Não foi permitida
a implantação de pilares
no leito do rio em decor-
rência de navegação exis-
tente. Esta condicionante
exigiu um vão de 112,00m
sobre o rio.
Concepção da
Superestrutura
A concepção da su-
perestrutura teve que
atender, por um lado, as
características geométri-