Revista Estrutura - edição 4 - page 19

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FIGURA 16 – APARELHO DE APOIO ESPECIAL
TABELA 1A – CARGAS NOS APOIOS APÓS A PROTENSÃO FINAL (KN)
Fases
AP5
Topo
PP1
Topo
PP2
Topo
PP3
Topo
PP4
Topo
PP5
Topo Total
PT Positiva
P4-P5-P6 -10070.8 -11193.2 -3971.8 -1561.4 -1314.4 2124.9 -25986.7
Retirada PP4 -10932 -11321 -3978 -829.7
1337 -25723.7
Retirada PP5 -9361 -11079 -4346 -902.8
-25688.8
Retirada PP2 -9852 -12867
-2890
-25609.0
Retirada PP3 -13604 -11973
-25577.0
Retirada PP1 -24737
-24737,0
TABELA 1B – DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA CARGA TOTAL NOS APOIOS APÓS A PROTENSÃO FINAL
Fases
AP5
Topo
PP1
Topo
PP2
Topo
PP3
Topo
PP4
Topo
PP5
Topo
PT Positiva
P4-P5-P6
39% 43% 15%
6%
5%
-8%
Retirada PP4 42% 44% 15%
3%
-5%
Retirada PP5 36% 43% 17%
4%
Retirada PP2 38% 50%
11%
Retirada PP3 53% 47%
Retirada PP1 100%
FIGURA 15 – PILAR E CONSOLO PROVISÓRIO
decorrente das diferenças de posições de avanço das treliças,
além do desequilíbrio provocado por uma carga acidental distri-
buída de 500 N/m
2
. Os pilares foram posicionados e solidariza-
dos nas faces inferiores das longarinas e apoiados no bloco do
apoio AP5, (ver Figura 14).
O segundo problema originou-se da instabilidade transversal
decorrente da curvatura da obra, de tal forma que, na situação
dos dois balanços finalizados, o centro de gravidade das cargas
da superestrutura situava-se fora do pilar, configurando uma si-
tuação de tombamento caso não se engastasse no pilar, ou alter-
nativamente, se não se criasse um pilar auxiliar, alinhado com o
eixo transversal do pilar definitivo, na direção da resultante das
cargas, e que auxiliasse a estabilidade transversal dos balanços
na fase executiva. Esta última alternativa foi a solução adotada.
A carga dos dois balanços foi absorvida pelo aparelho de apoio
definitivo do apoio AP5, nesse caso constituído de apenas uma
unidade, e por outro aparelho de apoio locado no pilar provisó-
rio. Para a superestrutura poder se apoiar no pilar provisório
foi necessário criar-se um console, também provisório, ligado à
transversina de apoio, por contato, por meio de uma superfície
dentada e por cabos de protensão não injetados. (ver Figura 15)
A concepção inicial previa que no pilar
provisório fosse instalado um aparelho
tipo Vasoflon, análogo ao do pilar defini-
tivo, e a transferência de carga do apare-
lho provisório para o definitivo fosse rea-
lizada na última etapa executiva da obra,
pela desprotensão progressiva dos cabos
não injetados do console provisório, após
a superestrutura estar totalmente soli-
darizada. Essa proposta foi alterada por
sugestão da Protende, fornecedora dos
aparelhos de apoio e executora da pro-
tensão, que julgou complexa a operação
devido à localização dos cabos, tendo
sugerido que a transferência da carga se
desse através do aparelho de apoio pro-
visório, configurado especialmente para
essa finalidade. Esse aparelho especial foi
projetado em forma de bacia, com a pla-
ca superior apoiada em um leito de areia
confinado pela bacia, para facilitar a fase
de transferência de carga (ver Figura 16).
Com essa configuração, constituída pelo
pilar definitivo com um único aparelho de
apoio e por cinco pilares às vezes funcio-
nando como tirantes, foi possível garantir a
estabilidade da fase de balanços sucessivos
com duplo disparo a partir do Apoio AP5.
Essa configuração permaneceu até a
protensão completa e definitiva da obra.
Somente após essa fase é que se iniciou
a demolição dos pilares e dos consoles pro-
visórios, na seguinte sequência: PP4, PP5,
PP2, PP3 e PP1.
A Tabela 1 (a e b) indica as cargas nos
diversos apoios na fase logo após a pro-
1...,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18 20,21,22,23,24,25,26,27,28,29,...76
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