REVISTA ESTRUTURA
| SETEMBRO • 2017
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– Comprimento total da obra:
990,31m;
– Área
total
de
tabuleiro:
10.284,95m
2
A seção transversal do viaduto da ponte,
adotada para os trechos com duas pistas,
foi a seção unicelular com dois balanços
de 2,00m (ver Figura 4). Esses trechos são:
Ramo Ponte até o
Apoio AP4, Ramo
100 e Ramo 200.
Para o Ramo Pon-
te, entre o Apoio
AP4 e o encontro
E2, a seção adota-
da foi a bicelular,
mantendo-se os
balanços de 2,00m
(Ver Figura 5).
Apesar de a lar-
gura da seção ser
relativamente mo-
desta, a seção bicelular propiciou, através
da alma interna, a fusão das almas das
seções unicelulares no encontro do Ramo
Ponte com o Ramo 100, mantendo a con-
tinuidade, e assim, favorecendo o lança-
mento dos cabos de protensão nas almas,
na região de transição (ver Figura 6).
Objetivando dar maior conforto ao
usuário e reduzir pontos de transição que
demandam maior manutenção, optou-se
por restringir a quantidade de juntas na
superestrutura aos encontros, e a uma
única junta no tabuleiro, no Apoio AP3.
Em decorrência da geometria muito
curva e complexa da obra, foram neces-
sários estudos cuidadosos para estabe-
lecerem-se os pontos fixos da obra e o
direcionamento dos aparelhos de apoio,
para minimizar a geração de esforços ho-
rizontais e deslocamentos significativos
nos encontros que pudessem provocar
desalinhamentos muito grandes da su-
perestrutura com os encontros.
Os aparelhos de apoio escolhidos fo-
ram do tipo Vasoflon fixos, unidirecionais
e multidirecionais.
Esses aparelhos, no geral, foram dispos-
tos em dupla na cabeça dos apoios, dando
condições para absorverem momentos
de torção. Apenas no Apoio AP3, onde
se localiza a junta de dilatação, optou-se
por utilizar um único aparelho, abrindo-se
mão de absorver o momento de torção
em decorrência da desproporção do vão
AP3 – AP2 em relação ao vão AP2 – AP1.
Essa desproporção foi condicionada pela
compatibilização com o viário inferior.
Também no Apoio AP5 optou-se por
um único aparelho por razões decor-
rentes da geometria, como se verá mais
adiante. As transversinas foram limitadas
aos apoios e às duas bifurcações decor-
rentes das junções das seções unicelula-
res, uma nas proximidades do Apoio AP2
(Ramo Ponte com Ramo 200) e outra do
Apoio AP4 (Ramo Ponte com Ramo 100).
Apesar da grande curvatura, a ausência
de transversinas intermediárias facilitou
bastante a execução.
Concepção dos Pilares
Os pilares foram concebidos em forma
de cálice convergindo para um fuste com
seção transversal circular para as cargas
menores, e com seção composta por um
trecho central retangular, concordando
nas suas extremidades com dois semi-
círculos, para as cargas maiores. Essa
ESTRUTURA EM DESTAQUE
| PONTE ITAPAIÚNA
FIGURA 4 – SEÇÃO TÍPICA - RAMO PONTE (ATÉ AP4), RAMO 100 E RAMO 200
FIGURA 5 - SEÇÃO TÍPICA - RAMO PONTE (AP4 – E2)
FIGURA 6 – JUNÇÃO DOS RAMOS PONTE E 100 - UNIFICAÇÃO DAS LONGARINAS B E C
FIGURA 7A – FORMA DO PILAR AP5
FIGURA 7B – MODELO TRIDIMENSIONAL DO PILAR AP4