Revista Estrutura - edição 4 - page 25

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CONSTRUÇÃO
EM AÇO
P
ublicada em outubro de 2015,
a norma específica para o
steel
deck
, a ABNT NBR 16.421:2015 -
Telha-fôrma de aço colaborante
para laje mista de aço e concreto - Requi-
sitos Gerais, estabelece os requisitos e os
ensaios aos quais devem atender a telha-
-fôrma de aço colaborante para laje mista
de aço e concreto, revestida, conformada
a frio, de seção transversal trapezoidal,
reentrante, retangular, ondulada, entre
outras, com os seguintes tipos de reves-
timento: zincado por imersão a quente;
zincado por imersão a quente e revestido
por um processo de pintura.
Lajes em steel deck estão sendo cada
vez mais adotadas no Brasil por vanta-
gens como a não necessidade de escora-
mento, qualidade industrial, planicidade,
boa relação custo–benefício, assertivi-
dade de custo, velocidade e facilidade de
instalação, limpeza no canteiro, menor
fluxo de entrada de materiais e saída de
resíduos.
Apesar de serem muito adotadas em
prédios de estrutura em aço, também
podem ser utilizadas em edificação de
concreto armado, alvenaria estrutural,
parede de concreto, madeira, entre ou-
tros. Há elementos de fixação próprios
para os diversos sistemas construtivos.
É preciso atentar, porém, que todos es-
ses benefícios só se realizam se for feito
um bom projeto de engenharia e arquite-
PROJETO E CONTRATAÇÃO DE MONTAGEM
DE LAJES
STEEL DECK
CUJAS VANTAGENS SÃO:
MAIOR VELOCIDADE DE CONSTRUÇÃO,
QUALIDADE INDUSTRIAL E NÃO NECESSIDADE
DE ESCORAMENTO
ESPAÇO ABERTO
| CBCA
tura que, desde o princípio, preveja o
steel
deck
e contemple suas características.
Como em outros elementos estruturais,
o
steel deck
deve atender aos requisitos
de resistência e serviço durante toda sua
vida útil, descritos na NBR 8.800.
O
steel deck
é bem versátil e suporta
qualquer tipo de sobrecarga. “Caso ne-
cessário, é possível colocar armadura
adicional, aumentando sua capacida-
de resistente”, explica Humberto Bel-
lei, membro da comissão executiva do
CBCA e coordenador do projeto da NBR
16.421.
Alguns cuidados específicos devem
ser tomados. “Recomenda-se que a es-
pessura nominal da chapa de aço não
seja inferior a 0,8 mm, e o aço deve ter
qualificação estrutural e resistência ao
escoamento nominal mínimo não inferior
ao ZAR 280 MPa”, conta Bellei. Os vãos
habituais deste tipo de laje ficam entre
2,50 m e 3,50 m.
Em relação ao revestimento, o aço
pode ser zincado por imersão a quen-
te e também ser revestido por pintura.
É fundamental que o fornecedor tenha
todos os ensaios e comprovações de de-
sempenho do seu produto. Comparati-
vamente a outros sistemas estruturais, a
montagem do
steel deck
é simples e pode
ser realizada pelo próprio fabricante ou
pela construtora. Mas é preciso haver um
planejamento antecipado e detalhado
de paginação e fixação, feito em parceria
com o fornecedor.
Um dos principais cuidados é garantir
que a laje seja instalada do lado correto,
em que as mossas têm maior aderência
com o concreto, para não comprometer
seu desempenho. Outros cuidados são
a paginação, posição de instalação, ele-
mentos de fixação (conectores e costu-
ras) e também aos acessórios que permi-
tem a estanqueidade do sistema. “Todas
essas informações devem estar contidas
no projeto”, avisa Bellei.
REFERÊNCIAS
NBR 8.800 – Projeto de Estruturas de Aço
e de Estruturas Mistas de Aço e Con-
creto de Edifícios;
NBR 7008-3 – Chapas e bobinas de aço
revestidas com zinco ou liga zinco-fer-
ro pelo processo contínuo de imersão
a quente – Aços Estruturais;
NBR 7013 – Chapas e bobinas de aço
revestidas pelo processo contínuo de
imersão a quente – Requisitos gerais;
NBR 14.323 – Dimensionamento de Es-
truturas de Aço de Edifícios em Situa-
ção de Incêndio – Procedimentos
NBR 16.421 - Telha-fôrma de aço colabo-
rante para laje mista de aço e concreto
Requisitos gerais
APESAR DE SER MUITO ADOTADO PARA
ESTRUTURAS DE AÇO, O STEEL DECK
PODE SER USADO EM EDIFICAÇÕES
DE ESTRUTURA MISTA, DE CONCRETO
ARMADO, ALVENARIA ESTRUTURAL,
ENTRE OUTROS SISTEMAS
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