entre pórticos têm 7cm de espessura.
Resulta assim uma estrutura eficiente,
de grande vão, porém, muito leve: a
espessura média do andar tipo (lajes+-
vigas+pilares) é de apenas 12,5cm. Di-
mensionada para os esforços combina-
dos de gravidade e do vento, tem taxa
de armadura de 100 kg/m³. Utilizou-se
aço “Torsima”, com limite de escoamen-
to de 5.000kgf/cm². Os pilares, pouco
espaçados, são salientes nas fachadas
e, além de sua função estrutural, são
também “brise-soleil”.
No 1º andar, os 17 pilares de cada facha-
da apoiam-se numa viga de transição com
seção transversal de 50x100cm, suporta-
da por 4 grandes pilares de seção variável:
20x47cm na base e 50x300cm logo abaixo
da viga. Um elemento cônico, com base
de Ø – 64cm opera a transição da seção
retangular para a seção circular Ø – 69cm
dos pilares subjacentes do subsolo.
O grande desafio estrutural do projeto
foi a determinação dos esforços internos
tanto nos grandes “pilones”, quanto na
viga de transição. Na época, a análise por
elementos finitos estava na mente de au-
tores como Zinkiewicz e outros. Mas para
estrutura triangular com cargas aplica-
das no vértice de base (normal e cortan-
te), havia uma solução exata dada pela
teoria da elasticidade. Foi através dessa
teoria, portanto que foram determinadas
as tensões internas nos “pilones”, e tam-
bém, muito importante, a distribuição
das reações de apoio das vigas ao longo
da extensão de 3m logo abaixo delas. Foi
a partir dessa distribuição que foi possí-
vel determinar os momentos fletores e as
forças cortantes nos trechos da viga de
transição solidários aos pilares.
O cálculo dessa complexa estrutura foi
realizado com as ferramentas disponíveis
na época, que eram: régua de cálculo e
calculadora elétrica.
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