Revista Estrutura - edição 4 - page 52

REVISTA ESTRUTURA
| SETEMBRO • 2017
52
NORMAS TÉCNICAS
| NBR 7187
REVISÃO DA ABNT
NBR 7187:2003
DEVERÁ ESTAR
CONCLUÍDA EM 2018
S
e tudo correr conforme o crono-
grama, até o primeiro semestre
de 2018 estará concluída a revi-
são da
ABNT NBR 7187:2003 –
Projeto de Pontes, Viadutos e Passa-
relas de Concreto
. Pelo menos essa é a
expectativa dos integrantes da CEE-231,
Comissão de Estudo criada para fazer a
revisão e que tem como coordenador o
engenheiro Julio Timerman. Após essa
etapa, o texto resultante das reuniões
periódicas realizadas na sede da ABECE,
em São Paulo, será remetido para a ABNT
– Associação Brasileira de Normas Técni-
cas, onde será formatado e colocado em
consulta pública antes da publicação.
No momento, a CEE-231 finaliza uma lei-
tura geral da norma e já foram detectados
pontos que merecem complemento ou
uma nova redação baseada nas mudan-
ças e avanços registrados nesse campo
da engenharia desde que a norma foi redi-
gida. “Notamos, por exemplo, que na nor-
ma em vigência, a ação de temperatura do
concreto é um tema que estava redigido
de forma superficial”, explica o engenheiro
Iberê Martins da Silva, secretário da CEE-
231. “Foi decidido então que alguns dos
profissionais que estão auxiliando na re-
visão da norma ficariam encarregados de
buscar subsídios em normas internacio-
nais e também em literatura sobre o tema,
para propor uma redação mais atualizada
a respeito”, informa.
Outro ponto que deve merecer aten-
ção especial dos integrantes da Comis-
são é o referente a cargas ferroviárias.
Segundo o secretário da CE-231, esse tó-
pico das cargas ferroviárias, importantís-
simo em projetos de pontes, não estava
contemplado em nenhuma norma. “Deci-
dimos então, incluir um anexo específico
sobre cargas ferroviárias na ABNT NBR
7187”, explica o engenheiro Iberê.
Os integrantes da Comissão que revisa
a ABNT NBR 7187:2003 realizam uma re-
união mensal e dela participam, em mé-
dia, 14 pessoas. São projetistas e outros
profissionais ligados à área de engenharia,
além de representantes de algumas uni-
versidades, como a Federal do Rio de Ja-
neiro e a USP de São Carlos, e também de
alguns órgãos ligados a obras de infraes-
truturas como rodovias e ferrovias, que
incluem pontes. Participam ainda dos en-
contros profissionais autônomos, repre-
sentantes de concessionárias de rodovias
e alguns fornecedores de materiais.
AÇÃO DE TEMPERATURA DO CONCRETO E CARGAS FERROVIÁRIAS FORAM ALGUNS DOS
PONTOS QUE MERECERAM ATENÇÃO DA COMISSÃO ENCARREGADA DA REVISÃO
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