Revista Estrutura - edição 1 - page 11

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os paisagistas, decoradores de interio-
res e imobiliárias. Mas não aparecem
os nomes das empresas de Engenharia
envolvidas nos projetos de estruturas,
fundações e instalações. A Engenharia
é encarada quase como um mal neces-
sário.
Só somos lembrados quando ocorrem
catástrofes e acidentes em obras. Nes-
tas horas, todos querem identificar os
engenheiros responsáveis. É nossa, a
responsabilidade de mudar este quadro,
valorizando nossa profissão, fazendo
com que as conquistas da Engenharia
sejam reconhecidas e deixem de ficar
em terceiro plano. Esta falta de reconhe-
cimento e valorização tem consequên-
cias diretas nas remunerações dos ser-
viços de Engenharia.
As imobiliárias, que não tem nenhuma
responsabilidade pelas edificações, nem
pelo seu desenvolvimento, recebem 6%
do valor geral de vendas (VGV) enquanto
todos os projetos de engenharia da obra
somados representam no máximo 2% do
VGV. Pior: ninguém discute os gastos com
corretagem. Em compensação discutem
os custos de projeto e das soluções de
Engenharia. Trata-se de uma total e abso-
luta Inversão de Valores!
Com o crescimento da economia no Bra-
sil, cada vez mais a nossa profissão será
necessária. Com mais de 40 anos de
atividade, passando por vários planos
econômicos, posso afirmar que escolhi a
profissão ideal. Precisamos de mais en-
genheiros e tecnólogos urgentemente.
A valorização da profissão fará com que
mais estudantes se interessem em en-
trar num dos campos mais desafiadores
e gratificantes das atividades humanas:
a Engenharia!
*Milton Golombek é presidente da Asso-
ciação Brasileira de Empresas de Projetos
e Consultoria em Engenharia Geotécnica
(ABEG)
Só somos lembrados quando ocorrem
catástrofes e acidentes em obras.
Nestas horas, todos querem identificar os
engenheiros responsáveis.
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