REVISTA ESTRUTURA
| JULHO • 2016
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prever em seu projeto sistemas estrutu-
rais capazes de conter a pressão d’água
externa, garantindo estanqueidade no
ambiente interno.
Nesse sentido, a estrutura de contenção
é constituída em seu perímetro por es-
tacas secantes com 40cm de diâmetro e
comprimento médio de 24 metros.
Compõe o subsolo uma laje de subpres-
são com área de 2000 metros quadrados
e 60cm de espessura. A laje foi executada
em concreto armado, apoiada em blocos
sobre estacas metálicas e solidarizadas
às estacas secantes.
Superestrutura
Acima do subsolo, tem-se o primeiro pavi-
mento, mezanino e segundo pavimento.
A laje do primeiro pavimento possui cerca
de 200 metros de comprimento, espessura
média de 25cm e conta com vários desní-
veis. Para combater os esforços de retração
e de variação térmica, a estrutura foi dividi-
da em 4 partes com 3 juntas de dilatação.
A estrutura do mezanino é composta por
uma laje de 30cm de espessura e con-
ta com trechos suspensos por tirantes e
rampas de concreto, com balanços de até
4 metros.
O segundo pavimento é constituído de
lajes maciças e nervuradas com espessu-
ras variando de 30 a 60cm, e tem um for-
mato mais alongado em planta. É nesse
pavimento que está localizada a área de
exposição do museu, onde existem es-
truturas de elevadas dimensões e pesos.
Especificamente nesse pavimento, devi-
do aos grandes vãos (que chegam a 27
ESTRUTURA EM DESTAQUE
| O MUSEU DO AMANHÃ
metros), as lajes são em concreto pro-
tendido. Um outro detalhe que chama
a atenção nesse pavimento, é a laje com
balanço de 15 metros, na área junto ao
mar, sobre o Café.
As lajes do segundo pavimento são vincu-
ladas a elementos curvos, denominadas
por Calatrava, de abóbodas. “Este foi um
ponto de grande dificuldade de modela-
gem, e também de execução, sendo críti-
co na região de interferência com luminá-
rias laterais embutidas”, pontua o Tardivo.
Funcionando estruturalmente como uma
seção caixão, com formas curvas, a gale-
ria técnica possui almas de altura que va-
riam de 1,5m a 4,0m. Com vãos de até 35
metros em concreto protendido, a galeria
técnica é a parte da estrutura responsá-
vel por receber o carregamento da estru-
tura metálica de cobertura.
Estrutura Metálica
“Formada por uma trama principal de
perfis tubulares de aço do tipo caixa enri-
jecidos compondo uma grande treliça es-
pacial auto-estável, coberta por chapas
de aço patinável com alta resistência me-
cânica”, assim define Flávio D’Lambert,
da Projeto Alpha, responsável pelo proje-
to da estrutura metálica de cobertura do
Museu do Amanhã.
Apoiada sobre a estrutura monolítica de
concreto do museu, a cobertura metálica
completa pesa cerca de 3.810 toneladas,
e avança além do corpo do edifício for-
mando marquises com balanço de 70m
sobre a fachada frontal e 65m sobre a
fachada posterior (voltada para a baía de
Guanabara). Durante o desenvolvimento
do projeto de cobertura, foi executado
ensaio em túnel de vento.
Estrutura Sustentável
O projeto do Museu do Amanhã empre-
ga os mais altos padrões de certificação
LEED
(
Leadership in Energy and Environ-
mental Design
), conferido pelo
Green Buil-
ding Council
Brasil. Na prática essa certi-
