Revista Estrutura - edição 1 - page 17

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ficação significa que o projeto, como um
todo, foi concebido e executado de modo
a gerar o mínimo impacto ambiental pos-
sível, além de ser dotado de um progra-
ma de gestão de resíduos de constru-
ção, uso de materiais reciclados de alta
durabilidade e fabricação no canteiro da
maior parte dos itens utilizados em sua
construção.
Além da certificação do processo cons-
trutivo, o uso e operação do museu
também é certificado, de modo que a
edificação é dotada de sistemas de efi-
ciência energética, como placas fotovol-
taicas acopladas a estrutura metálica
de cobertura, com objetivo de captar
energia solar. O projeto da cobertura,
previu placas que se movimentam em
função da direção do Sol, de modo a se
ter sempre a máxima captação da ener-
gia solar. Nesse contexto, a aparência
externa do museu se modificará ao
longo das horas do dia, devido a essa
movimentação. De acordo com dados
do projeto, estima-se que a capacidade
de captação da usina fotovoltaica seja
da ordem de 7% a 9% da energia total
consumida pelo museu.
Outro processo que merece destaque é o
de ar condicionado, onde seu processo de
resfriamento utiliza água da baía de Gua-
nabara. Em função da temperatura média
da água da baía ser entre 18° e 24° C, a
água salgada é aproveitada como fonte
de rejeição de calor, onde para isso conta
com um sistema de captação e tratamen-
to da água da baía, para utilização no sis-
tema de ar condicionado, e também para
abastecimento do espelho d’água.
No processo de resfriamento são utili-
zados trocadores de calor entre a água
da baía e a água de condensação que
circula pelos
chillers
, responsáveis pelo
resfriamento da água utilizada no siste-
ma de condicionamento de ar do museu.
Um aspecto importante desse processo,
é que não há mistura entre a água doce
do condicionamento e a água salgada da
baía, há apenas troca de calor entre elas,
o que minimiza a possibilidade de corro-
são dos equipamentos.
RAMPA DE ACESSO AO SEGUNDO PAVIMENTO
SEGUNDO PAVIMENTO
FICHA TÉCNICA
Realização:
Prefeitura do Rio de Janeiro e Fundação Roberto Marinho
Entidade mantenedora:
BG Brasil
Construtor:
Consórcio Porto Novo
Projeto Arquitetônico:
Santiago Calatrava Architects & Engineers (Zurich – Suíça)
e Ruy Rezende Arquitetura (Rio de Janeiro – RJ)
Projeto da Estrutura de Concreto:
Engeti Consultoria e Engenharia S/S Ltda – São Paulo/SP
Projeto da Estrutura Metálica:
Projeto Alpha Engenharia de Estruturas – São Paulo/SP
Volume de Concreto:
22.000m³
Consumo de aço (CA-50/CA-60):
3.100.000kg (140kg/m³)
Consumo de aço de protensão:
120.000kg
Área de fôrmas:
65.000m²
Peso da cobertura metálica:
3.810t
Quantidade de estacas (metálica e raiz):
1.200
1...,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16 18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,...68
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