Revista Estrutura - edição 3 - page 25

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terrenos vizinhos, uma vez que o nível
da cota d’água estava 10 metros acima
da laje de fundo.
O piso localizado no nível +29,15m foi
responsável pela transição das áreas
comuns para as três torres indepen-
dentes. Nele, foram projetadas vigas
treliçadas de 2,40 metros de altura, com
o objetivo de transicionar os pilares
das torres, que não nascem coinciden-
tes aos pilares de concreto localizados
abaixo dessa cota. O espaço gerado por
essas vigas permitiu criar uma grande
área técnica, que atende a parte lógica
e energética da edificação.
Acima desse nível, foi condebido um
sistema estrutural industrializado,
a fim de minimizar o uso de mão de
obra. Cabe aqui uma ressalta: o cená-
rio em Angola, à época, era de um país
em reconstrução, após anos de guerra
civil, no qual imperava a escassez de
tudo, inclusive de pessoal capacitado
tecnicamente. Diante dessa realidade,
a alternativa de se ter uma estrutu-
ra altamente industrializada permitiu
o emprego de peças mais leves que
aliviaram as cargas nas fundações, e
adicionalmente viabilizaram a contra-
tação da estrutura no mercado inter-
nacional, resultando em velocidade
executiva na etapa de construção.
O conceito estrutural contou com
núcleos rígidos de concreto armado
na região das escadas e elevadores
ao longo dos 77 metros de altura das
torres e com pilares metálicos com se-
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