Revista Estrutura - edição 3 - page 29

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1980, convivíamos com a metodologia
do desenho manual. Apesar de bastan-
te lento quando comparado com os mé-
todos modernos, consideramos que o
aprendizado transferido ao profissional
quando os desenhos eram elaborados
manualmente são incomparáveis.
Assim, decidimos como meta treinar
estagiários de Escolas Técnicas, transfe-
rindo os aprendizados que recebemos.
Com facilidade, fizemos a transição
para o “AutoCAD”, pois na sua essência
somente mudava a técnica do desenho
e a facilidade para implantar revisões.
Com o passar dos anos, começamos
a atuar em projetos de edificações co-
merciais, tais como shopping centers,
em cujos projetos arquitetônicos o vi-
dro sempre esteve presente. As patolo-
gias que se apresentavam nas estrutu-
ras com esses dois materiais, tais como
quebras, infiltrações, etc., nos fizeram
pesquisar como esses projetos eram
tratados nos países desenvolvidos. As-
sim, o destino nos aproximou do técnico
francês François Willemin, especialista
em produção do vidro, com experiên-
cia em grandes empresas europeias, e
na ocasião, residindo em Fortaleza. Por
meio das suas orientações, passamos a
adquirir os conhecimentos básicos de
produção do vidro que muito nos aju-
daram no entendimento necessário nas
aplicações estruturais.
O nosso grande interesse sempre foi o
de conhecer como eram coordenadas
as “interfaces” entre os dois materiais,
tanto em projeto, quanto fisicamente
na montagem. Outra questão impor-
tante, se refere às técnicas de produção
necessárias a atender a performance
desejada, tanto em aplicações somente
com o vidro, quanto associado a estru-
turas de aço.
Nessas pesquisas, constatamos que o
conceito BIM no desenvolvimento dos
projetos sempre se fazia presente. Assim,
decidimos definitivamente migrar para a
esta plataforma, com a convicção que o
balanço custo x benefício seria positivo.
A figura 1.0 resume o que comentamos.
3. PROJETOS
IMPULSIONADORES PARA A
PLATAFORMA BIM
No processo para implantação do con-
ceito BIM em nosso escritório, iniciamos
pesquisando o software a ser adotado.
Optamos pelo REVIT, pelo fato de o
mesmo ser bastante aceito por empre-
sas que consideramos como referência
para os nossos trabalhos.
Os projetos a seguir comentados:
Fachadas Shopping Rio Sul – RJ;
Árvore EMBRAPA – Fortaleza – CE;
Onda Carioca – RJ, consideramos im-
pulsionadores na adoção do BIM por
suas formas arquitetônicas livres, difi-
cultando o desenvolvimento pelo con-
ceito tradicional.
SHOPPING RIO SUL
A proposta arquitetônica para a nova fa-
chada do Shopping Rio Sul, apresentava
uma volumetria especial, com superfícies
curvas de raios variáveis, o que pratica-
mente impossibilitava o desenvolvimen-
todos desenhos ouprojetos utilizando-se
o AutoCAD. Nesse caso, desenvolvemos
o projeto utilizando o software Rhinoce-
ros, bastante utilizado na indústria Naval.
Face ao Rhinoceros ter sido desenvolvido
FIG. 1 – ATUAÇÃO NO MERCADO
FIG. 2 – MODELO ESTRUTURAL SHOPPING RIO SUL - CONCEITO BIM
FIG. 3 – PROJETO EXECUTADO SHOPPING RIO SUL
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