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          1980, convivíamos com a metodologia
        
        
          do desenho manual. Apesar de bastan-
        
        
          te lento quando comparado com os mé-
        
        
          todos modernos, consideramos que o
        
        
          aprendizado transferido ao profissional
        
        
          quando os desenhos eram elaborados
        
        
          manualmente são incomparáveis.
        
        
          Assim, decidimos como meta treinar
        
        
          estagiários de Escolas Técnicas, transfe-
        
        
          rindo os aprendizados que recebemos.
        
        
          Com facilidade, fizemos a transição
        
        
          para o “AutoCAD”, pois na sua essência
        
        
          somente mudava a técnica do desenho
        
        
          e a facilidade para implantar revisões.
        
        
          Com o passar dos anos, começamos
        
        
          a atuar em projetos de edificações co-
        
        
          merciais, tais como shopping centers,
        
        
          em cujos projetos arquitetônicos o vi-
        
        
          dro sempre esteve presente. As patolo-
        
        
          gias que se apresentavam nas estrutu-
        
        
          ras com esses dois materiais, tais como
        
        
          quebras, infiltrações, etc., nos fizeram
        
        
          pesquisar como esses projetos eram
        
        
          tratados nos países desenvolvidos. As-
        
        
          sim, o destino nos aproximou do técnico
        
        
          francês François Willemin, especialista
        
        
          em produção do vidro, com experiên-
        
        
          cia em grandes empresas europeias, e
        
        
          na ocasião, residindo em Fortaleza. Por
        
        
          meio das suas orientações, passamos a
        
        
          adquirir os conhecimentos básicos de
        
        
          produção do vidro que muito nos aju-
        
        
          daram no entendimento necessário nas
        
        
          aplicações estruturais.
        
        
          O nosso grande interesse sempre foi o
        
        
          de conhecer como eram coordenadas
        
        
          as “interfaces” entre os dois materiais,
        
        
          tanto em projeto, quanto fisicamente
        
        
          na montagem. Outra questão impor-
        
        
          tante, se refere às técnicas de produção
        
        
          necessárias a atender a performance
        
        
          desejada, tanto em aplicações somente
        
        
          com o vidro, quanto associado a estru-
        
        
          turas de aço.
        
        
          Nessas pesquisas, constatamos que o
        
        
          conceito BIM no desenvolvimento dos
        
        
          projetos sempre se fazia presente. Assim,
        
        
          decidimos definitivamente migrar para a
        
        
          esta plataforma, com a convicção que o
        
        
          balanço custo x benefício seria positivo.
        
        
          A figura 1.0 resume o que comentamos.
        
        
          3. PROJETOS
        
        
          IMPULSIONADORES PARA A
        
        
          PLATAFORMA BIM
        
        
          No processo para implantação do con-
        
        
          ceito BIM em nosso escritório, iniciamos
        
        
          pesquisando o software a ser adotado.
        
        
          Optamos pelo REVIT, pelo fato de o
        
        
          mesmo ser bastante aceito por empre-
        
        
          sas que consideramos como referência
        
        
          para os nossos trabalhos.
        
        
          Os projetos a seguir comentados:
        
        
          •
        
        
          Fachadas Shopping Rio Sul – RJ;
        
        
          •
        
        
          Árvore EMBRAPA – Fortaleza – CE;
        
        
          •
        
        
          Onda Carioca – RJ, consideramos im-
        
        
          pulsionadores na adoção do BIM por
        
        
          suas formas arquitetônicas livres, difi-
        
        
          cultando o desenvolvimento pelo con-
        
        
          ceito tradicional.
        
        
          
            SHOPPING RIO SUL
          
        
        
          A proposta arquitetônica para a nova fa-
        
        
          chada do Shopping Rio Sul, apresentava
        
        
          uma volumetria especial, com superfícies
        
        
          curvas de raios variáveis, o que pratica-
        
        
          mente impossibilitava o desenvolvimen-
        
        
          todos desenhos ouprojetos utilizando-se
        
        
          o AutoCAD. Nesse caso, desenvolvemos
        
        
          o projeto utilizando o software Rhinoce-
        
        
          ros, bastante utilizado na indústria Naval.
        
        
          Face ao Rhinoceros ter sido desenvolvido
        
        
          FIG. 1 – ATUAÇÃO NO MERCADO
        
        
          FIG. 2 – MODELO ESTRUTURAL SHOPPING RIO SUL - CONCEITO BIM
        
        
          FIG. 3 – PROJETO EXECUTADO SHOPPING RIO SUL