Revista Estrutura - edição 5 - page 33

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foram o primeiro país a iniciar esse mo-
vimento, principalmente em Nova York
e Chicago, durante fins do século 19 e
início do século 20. Recentemente, ou-
tros países como Brasil, Coreia, Japão e
China estão adotando essa tendência
enquanto que construções de edifícios
altos em países como Emirados Árabes
Unidos e Arábia Saudita desejam criar
pontos de referência. No México, a cres-
cente expansão urbana em muitas cida-
des grandes está resultando em longos
deslocamentos de pessoas e na falta de
serviços e infraestrutura nas proximi-
dades. A recessão de 2009, combinada
com a crescente expansão dos centros
urbanos resultou em uma tendência da
construção de edifícios cada vez mais
altos e mais perto dos centros urbanos,
onde os residentes possam estar perto
de empregos e serviços. Um exemplo re-
cente é o da Torre Koi, localizada em Valle
Oriente, uma área exclusiva de San Pedro
Garza Garcia, Nuevo Leon.
2 – DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO
Com 279,5 metros de altura, a torre de
uso misto de 69 andares, e peça central do
complexo VAO, é o edifíciomais alto doMé-
xico e o terceiro mais alto edifício na Amé-
rica Latina. A construção foi terminada em
fins de 2016. A Torre Koi tem nove níveis
abaixo do solo para estacionamento, um
saguão no térreo, vinte níveis de espaço
para escritórios, quinze primeiros anda-
res acima do solo e cinco no alto da torre,
trinta e seis níveis de espaço residencial
(218 apartamentos e 18 coberturas), dois
andares onde ficam as máquinas dos ele-
vadores nos níveis 21 e 62, e um nível de
amenidades com uma piscina no nível 22.
Os pés direitos são tipicamente de 2,85
metros nos níveis do estacionamento, 4,2
metros nos níveis inferiores de escritórios,
e 4.0 metros nos níveis residenciais. A foto
mais recente é mostrada na Figura 1.
3 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA
ESTRUTURAL
O sistema estrutural da Torre Koi cor-
responde à forma arquitetônica da torre
atendendo, ao mesmo tempo, às exigên-
cias do projeto estrutural de um edifício
alto tais como cargas de gravidade verti-
cal, grandes ventos horizontais e forças
sísmicas; bem como as preocupações
com a manutenção de ventos laterais e
deflexão sob as cargas sísmicas, acelera-
ção horizontal do edifício devido ao ven-
to e encurtamento diferencial vertical de
colunas e paredes resultante do desgaste
e da contração que dependem do tempo.
3.1 – Sistema Resistente à
Força da Gravidade
O enquadramento da torre é tipica-
mente formado por lajes de placa de
concreto moldado no próprio local da
obra e pós-tensionado de 25 centímetros
com placas de 10 centímetros de espes-
sura entre colunas nos vãos maiores. O
enquadramento do piso da garagem é
tipicamente de laje de waffle de concre-
to moldada no local e pós-tensionada
para adequar-se aos níveis adjacentes de
garagem nas fases construídas anterior-
mente do complexo VAO e para fazer um
uso eficiente de materiais dispendiosos,
relativos ao custo de mão de obra. A laje
continua tem 7 centímetros de espessura
com vigas que têm uma profundidade to-
tal de 30 centímetros. As vigas típicas têm
15 centímetros de largura e são espaça-
das a 1,53m no centro. As barras com 80
centímetros de largura estão localizadas
ao longo das linhas da coluna principal.
A resistência da laje do piso de concreto
varia desde 50 MPa nos níveis inferiores
a 35 MPa nos níveis superiores para evi-
tar a necessidade de despejar concreto
ao redor das paredes e colunas de alta
resistência. As lajes do piso são apoiadas
FIG. 1 – VISÃO GERAL DA TORRE KOI
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