Revista Estrutura - edição 3 - page 41

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7.6 –
Revestimento de túneis.
7.7 –
Revestimentos protetores contra a
propagação do calor e a ação do fogo.
7.8 –
Revestimento de canais e concreta-
gem de reservatórios.
7.9 –
Revestimento em geral e proteção
de taludes.
7.10 –
Capeamento protetor e de reforço
de estruturas metálicas.
7.11 –
Concretagem de piscinas e reser-
vatórios internos ou elevados.
8 – TAREFAS
INERENTES AO PROJETO
E EXECUÇÃO DE
RECUPERAÇÃO DE
ESTUTURAS
As tarefas relativas à recuperação de uma
estrutura, inclusive consertos e reforços,
devem obedecer à seguintes etapas:
1) Vistorias e pesquisas iniciais.
2) Análise dos fenômenos.
3) Verificação da segurança da obra
existente.
4) Causas dos fenômenos e diagnóstico
das normal idades constatadas.
5) Projeto de recuperação.
6) Plano de execução e especificações.
8.1 – Vistoria e pesquisas iniciais
A vistoria da obra tem por objetivo o le-
vantamento das anomalias com a inspe-
ção visual e com a realização de pesquisas
complementares para um perfeito levan-
tamento da estrutura existente, inclusive
através de sondagens para verificar os
diâmetros e posição das armaduras.
Nesta etapa, recorre-se aos projetos da
obra original sempre que possível.
8.2 – Analise dos fenômenos
É de suma importância uma análise dos
fenômenos e de suas causas por pessoal
técnico especializado e experiente. Nesta
etapa, é avaliada a gravidade de cada fe-
nômeno e organizada uma planilha deta-
lhada indicando a natureza de cada ano-
malia constatada.
As anomalias mais comuns nas estru-
turas são:
– Fissuras
que podem ser estáveis ou
em desenvolvimento. Para análise de
uma fissura, é importante verificar
sua causa com base na sua posição
e na sua abertura. Este fenômeno re-
quer muita experiência da equipe de
observação. Em certos casos, é preci-
so pesquisar se a fissura está em de-
senvolvimento ou é estável, através
de colocação de “selos” (chapas de
vidro presas nos extremos com ges-
so). Quando a fissura for capilar (da
grossura de um cabelo), deve-se me-
dir sua abertura com régua graduada
de plástico transparente.
– Desagregação ou segregação do
concreto
, que pode ocorrer por
defeito de construção, ou ser prove-
niente de expansão e esmagamento
devidos a esforços imprevistos, ou
em virtude de oxidação ou dilatação
da armadura.
– Deformações anormais
, tais como
flechas, recalques e dilatação pro-
veniente de retração ou variação de
temperatura.
8.3 – Verificação da segurança da obra
existente
É importante – antes de iniciar os estu-
dos para determinação das causas dos
fenômenos e da indicação do diagnóstico
definitivo das anormal idades – estudar a
segurança da obra existente para julgar a
necessidade de obras de reforços e emi-
tir parecer sobre os perigos a que a obra
pode estar sujeita.
A verificação da segurança da obra exis-
tente deve ser feita por processos espe-
ciais diferentes daqueles que servem de
base para o projeto.
É necessário levar em conta que a obra
existente pode ter sofrido a influência
dos fenômenos de adaptação plástica
devidos a seu estado anormal, o que
leva a estudar a segurança através de
métodos especiais com base na segu-
rança global, levando-se em conta o
funcionamento em regime plástico ou
de ruptura.
Estes estudos indicarão a necessidade ou
não de reforços em cada um dos elemen-
tos da estrutura existente e podem re-
presentar um subsídio importante para o
projeto de recuperação, levando muitas
vezes a um menor custo na execução dos
reforços, que devem restringir-se àque-
les absoluta mente necessários.
8.4 – Causa dos fenômenos e diagnós-
tico das anomalias constatadas
Com os estudos feitos nas etapas ante-
riores, será emitido parecer indicando as
causas dos fenômenos e as ações neces-
sárias para a recuperação. Este parecer
conterá o diagnóstico das anormalidades
constatadas.
8.5 – Projeto de recuperação
Os serviços de recuperação de uma es-
trutura, para serem eficientes dentro do
menor custo possível, devem ser objeto
de um projeto de que fazem parte:
– Plano geral dos serviços, sua localiza-
ção e seus detalhes.
– Dimensionamento dos serviços e seus
quantitativos.
8.6 – Plano de execução
O plano de execução indicará a natureza
de cada serviço, os equipamentos a se-
rem usados e suas especificações.
9 – TECNOLOGIA DE
EXECUÇÃO DO CONCRETO
ARMADO COM O EMPREGO DE
CONCRETO PROJETADO
O roteiro de execução dos serviços de
recuperação estrutural é o que se segue:
9.1 –
Identificação das zonas de concreto
calcinado, desagregado, segregado ou
afetado pela oxidação da armadura.
9.2 –
Identificação das zonas fissuradas.
9.3 –
Recuperação por meio de solda-
gem, colagem ou justa posição da fer-
ragem deformada ou oxidada; a fim
de se reconstituir a seção original da
armadura.
9.4 –
Aplicação de jato de areia de alta
intensidade, a fim de preparar as su-
perfícies a serem recuperadas.
9.5 –
Colagem das fissuras, inclusive com
uso de injeção de resina epoxy.
9.6 –
Aplicação de concreto projetado, a
fim de recompor a seção original das
peças estruturais com ou sem os re-
forços que forem indicadas no proje-
to de recuperação.
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