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NORMAS TÉCNICAS
| NBR 6122
REVISÃO DA
ABNT NBR 6122:2010
PROJETO E EXECUÇÃO
DE FUNDAÇÕES
POR: FREDERICO F. FALCONI
TIAGO G. RODRIGUES
JAIME D. MARZIONNA
IVAN GRANDIS
MARIO CEPOLLINA
E
m 25 de outubro de 2016, com
orientação da ABNT, formou-se a
comissão CE-002:152.008 (Comis-
são de Estudos de Obras Geotéc-
nicas e de Fundações) para o estudo e
revisão da NABNT NBR 6122:2010 – Pro-
jeto e Execução de Fundações. A insta-
lação dessa comissão foi iniciativa da
ABEF, com apoio das associações ABMS
e ABEG, fruto do estímulo da ABNT para
que cada cinco anos, se faça a revisão
das normas vigentes de maneira a atua-
lizá-las técnica e cientificamente, aten-
dendo assim as demandas da sociedade,
com a necessidade de revisão pontual de
aspectos da mencionada norma, após
seis anos de sua vigência e utilização pelo
meio técnico.
Participam da revisão da norma além das
já mencionadas associações, represen-
tantes da ABCP, da ABESC, do Ibracon,
além de instituições de ensino, empresas
de projeto e de execução de fundações
e de ensaios geotécnicos e profissionais
liberais do segmento. Não há previsão
para conclusão da revisão, mas se pre-
tende que seja rápido, tendo em vista
que a demanda é por alguns pontos bem
definidos, porém o prazo máximo de du-
ração do processo de revisão é, em prin-
cípio de dois anos.
Dentre as motivações técnicas para a
revisão da norma podemos apontar a
demanda pela incorporação das tecno-
logias e conhecimentos desenvolvidos
nos últimos anos e alguns ajustes quanto
aos critérios de projeto, principalmente
no que tange a fatores de segurança par-
ciais, previsão de recalques e interação
solo-estrutura.
Um dos aspectos que fomentou um novo
olhar sob os parâmetros de projeto, foi a
sistêmica avaliação do desempenho das
fundações por meio das provas de car-
ga em estacas, que antes da revisão da
norma em 2010, restringia-se apenas às
obras de grande vulto. A evidência deste
fato pode ser percebida nas pesquisas
acadêmicas, congressos e simpósios de
fundações. Somente no SEFE8, organiza-
do pela ABEF em 2014, aproximadamente
70% dos trabalhos apresentaram provas
de carga estáticas e ensaios de carrega-
mento dinâmicos, seja na aplicação dos
métodos de previsão de capacidade ou
em cases de obra, possibilitando um co-
nhecimento mais apurado da qualidade e
do desempenho destas fundações.
Nas cinco reuniões de periodicidade
quinzenais já realizadas foram abordadas
uma série de questões, por exemplo, o
travamento de estacas isoladas, compa-
tibilização das provas de carga sobre es-
tacas com a necessidade de ensaio para
liberação de sapatas, entre outros. Este
assunto será abordado mais à frente,