Revista Estrutura - edição 7 - page 10

REVISTA ESTRUTURA
| MAIO • 2019
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cipais desafios da entidade no médio
e longo prazos?
A ABCP é uma entidade técnica de ex-
celência, reconhecida pelo setor e pela
cadeia produtiva da construção. São
mais de 8 décadas de experiência práti-
ca e tecnológica da mais alta qualidade
em benefício da sociedade, contribuin-
do com áreas estruturantes, relevantes
e nevrálgicas do desenvolvimento sócio
econômico de um país, como a infraes-
trutura e a habitação. Tamanho envolvi-
mento e contribuição só encontram na
palavra “incremento” a sua razão de ser,
pois o cimento constrói qualidade de vida
e desenvolve cidades. Onde há gente, há
construção e onde há construção, há ci-
mento. Assim é motivo de muita respon-
sabilidade presidir esta entidade, com a
orientação de fazê-la ainda mais impor-
tante e integrada. Meu envolvimento com
o setor já existia, haja vista eu estar di-
rigindo o Sindicato Nacional da Indústria
do Cimento (SNIC) desde o final de 2016,
já com o propósito de aumentar a siner-
gia entre as duas entidades. Não só entre
elas, é claro, mas também no plano inter-
nacional, como destaca uma das 6 pre-
missas básicas que possui a ABCP, que é
do intercâmbio internacional.
Recentemente a criação da
Global Ce-
ment & Concrete Association, GCCA
,
que já tomamos parte reforça a impor-
tância que acabo de destacar sobre a
integração internacional, reunindo insu-
mo fabricado e produto aplicado. Aliás,
minha larga experiência no comando de
importantes entidades setoriais repre-
sentativas traz a certeza que o trabalho
exitoso só é alcançado se desenvolvido
integrado com toda a cadeia produtiva do
setor e do segmento. Isto é fundamental.
E tal diretriz, já materializada no exercício
individual de cada entidade, sem dúvida
será mais efetiva quando praticada com
a integração da ABCP e SNIC, levando be-
nefícios maiores para todo o segmento
da construção civil, acima de tudo para o
Governo em todas suas esferas.
Avançar no posicionamento da ABCP
como centro de excelência em serviços
ao mercado, assim como na integração
com a cadeia produtiva com as quais nos
relacionamos com ênfase na da constru-
ção, e com o Governo em todas as suas
esferas, são sem dúvida as principais
prioridades. As últimas duas décadas
foram de estruturação de cadeias pro-
dutivas integradas e atuantes na forma
de redes capilares e de grande cobertu-
ra e abrangência, o que modernamente
foi batizado de “ecosistemas”. E essa es-
truturação de “ecosistemas” da cadeia
produtiva, transformada em platafor-
mas digitais, seguem e serão mais ainda
incrementadas, como Comunidade da
Construção, Grupo Paredes de Concreto,
Programa de Desenvolvimento Empresa-
rial (PDE) com destaque em Artefatos de
Cimento, Projeto Soluções para Cidades,
Projeto Vias Concretas entre tantos.
Sem que se abandone nenhuma de nos-
sas ações e atividades, merecerá impor-
tante atenção a parte relativa a vias, en-
tendendo-a como toda a infraestrutura
que envolve pavimentação urbana de
ruas e calçadas, assim como a pavimen-
tação rodoviária, uma vez que logística e
mobilidade urbana tem papel fundamen-
tal na competitividade e desenvolvimen-
to econômico do nosso país. Agora se
nos voltarmos aos aspectos técnicos de
fabricação do cimento, nosso foco estará
concentrado, como já vem acontecendo
nos últimos anos, nas questões mundiais
das mudanças climáticas, que também
nos afligem em face da legislação cada
vez mais abrangente e restritiva, soma-
das às questões de normalização do ci-
mento Portland.
Na ABCP minha atribuição é a de orientar,
conduzir e promover estudos técnico-cien-
tíficos e pesquisas sobre o cimento e seus
produtos derivados e sistemas construti-
vos que o empregam, de modo a desen-
volver o mercado e principalmente seu
emprego comqualidade e segurança. Além
disso, a ABCP dispõe de um laboratório de
excelência em ensaios de controle tecno-
lógico de cimento e concreto, que não é
exclusivo da indústria, mas que presta ser-
viços a cadeia produtiva da construção.
Destaco isso porque muitas vezes, ape-
sar dos 80 anos da ABCP, comemorados
em 2016, muitas vezes segue a impres-
são que o centro de pesquisa que a in-
dústria mantém é exclusivo das cimen-
teiras. Merece destaque os eventos que
a ABCP promove e/ou co-organiza como
nossos cursos técnicos de atualização,
nosso Congresso de Cimento, nossa feira
de negócios que é a Concrete Show, den-
tre tantos outros, haja vista que capaci-
tar e transferir tecnologia fazem parte do
DNA da Associação. Não pode haver dú-
vida que para o desempenho de minhas
atribuições tenho o apoio de uma equipe
própria de profissionais gabaritados e
experientes em cada uma das entidades
representativas.
(*) O reconhecimento da ABNT NBR 6118
como norma padrão internacional pela In-
ternational Standardization Organization
(ISO), foi fruto de um intenso trabalho de-
senvolvido pela ABECE por intermédio da
atuação das engenheiras Suely Bueno (na
época conselheira e hoje diretora de Nor-
mas Técnicas da ABECE), representando a
ABNT e Sofia Carrato Diniz, da Universidade
Federal de Minas Gerais. Ambas participa-
ram do TC-71, um subcomitê da ISO. A NBVR
6118 foi submetida à votação de 38 países
que integram o TC-71.
ENTREVISTA
| PAULO CAMILLO PENNA
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