Revista Estrutura - edição 1 - page 34

REVISTA ESTRUTURA
| JULHO • 2016
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ARTIGO TÉCNICO
| CONFINAMENTO DADO POR LAJES E VIGAS
CONFINAMENTO DADO
POR LAJES E VIGAS
MELHORANDO A
RESISTÊNCIA DO PILAR
QUE AS CRUZA
Ana Paula Silveira
Engenheira civil e mestre em estruturas pela EPUSP (Escola Po-
litécnica da Universidade de São Paulo). Trabalha na empresa
Monteiro Linardi como coordenadora de projetos de estruturas.
Trabalho publicado no 50º Congresso Brasileiro do Concreto
(CBC 2008). Premiada com o título de Melhor Trabalho Técnico
do ano de 2006 pelo Instituto de Engenharia – Menção Honrosa.
Cristiana Furlan Caporrino
Engenheira civil pela Escola de Engenharia Mauá e mestre em
estruturas pela EPUSP (Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo). Diretora da empresa Furlan Engenharia. Professora
de graduação e pós-graduação na FAAP (Fundação Armando
Alvares Penteado).
Fernando Rebouças Stucchi
Engenheiro Civil pela EPUSP (Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo). Doutor em Engenharia de Estruturas, especiali-
zado em Estruturas de Concreto pelo Centre de Hautes Etudes
de La Construction, CHEC*, França em 1979. Sócio-Diretor e
fundador da EGT Engenharia desde 1994. Professor Titular de
Pontes e Grandes Estruturas na EPUSP desde 2007, Presidente
da Comissão de Revisões das NB1/NBR-6118/ABNT, NBR-8681/
ABNT, NBR-9187/ABNT, Responsável pela delegação brasileira
na FIB - Federation Internationale du Beton; Membro votante
do Comitê 318 do ACI - American Concrete Institute; Publicações
- Periódicos (8), Congressos (56), Palestras (57), Livros e Cap. (2);
Orientações concluídas - Mestrados (17), Doutorados (5); Res-
ponsável pelo projeto de mais de 150 grandes estruturas em
todo o Brasil e também no exterior.
1. INTRODUÇÃO
A economia na construção de edifícios
altos frequentemente leva ao uso de con-
creto de resistência maior em pilares do
que aquele usado em lajes e vigas, pois,
sendo um edifício de altura elevada, os
esforços solicitantes de compressão nos
pilares tornam-se cada vez maiores. O
aumento da resistência do concreto do
pilar está diretamente relacionado com
a sua capacidade de suportar este tipo
de esforço. Como o concreto com resis-
tência maior tem um custo mais elevado
que o de resistência menor, adota-se o
concreto de resistência maior apenas
aonde necessário, ou seja, nos pilares,
e o de resistência menor em todo o res-
tante da estrutura, porém essa solução
gera algumas complicações construti-
vas. Uma maneira de se realizar tal feito
é preencher-se a área correspondente
aos pilares nas lajes ou vigas com o con-
creto de resistência maior, o que para o
caso de lajes planas apoiadas em pilares,
apresenta uma grande vantagem, pois
se formam capitéis embutidos que con-
tribuem para o aumento da resistência à
punção. Essa solução é apresentada no
item 10.13 do ACI 318, 2002, denomina-
da de puddling, que ainda sugere que se
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