Revista Estrutura - edição 1 - page 42

REVISTA ESTRUTURA
| JULHO • 2016
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Analisando-se os gráficos anteriores no-
ta-se que os resultados experimentais
para pilares centrais obtidos nesta pes-
quisa, estão abaixo das linhas que repre-
sentam os valores propostos por outros
pesquisadores e normas, ou seja, estes
estão contra a segurança. Para o caso
de pilares de canto a norma canadense
CSA 23.3, 1994 é bem mais conservado-
ra desde as menores relações entre os
valores das resistências dos concretos
do pilar e laje a ponto de não considerar
contribuição alguma do confinamento
para aumentar a resistência do conjunto,
ou seja, considera a própria resistência
do concreto da laje como sendo a efetiva.
Os demais critérios para pilar de canto
avaliados, que são Bianchini, 1960, ACI-
318 e CSA 23.3, 1984 estão se mostrando
contra a segurança, para os resultados
desta pesquisa, até a relação entre as re-
sistências dos concretos atingir o valor de
1,4, após este limite também são bastan-
te conservadores, adotando também a
resistência do concreto da laje como efe-
tiva do conjunto. Alguns critérios, como
por exemplo, Bianchini, 1960, o ACI – 318,
2002 e a norma canadense CSA 23.3,
1984, para pilares de canto, têm seus tra-
çados coincidentes e por isso não estão
visíveis no gráfico. O mesmo ocorre para
pilares centrais com os critérios de Bian-
chini, 1960 e do ACI-318, 2002.
Com base nos resultados obtidos por es-
sas pesquisas, nota-se que o critério que
mais se aproxima destes é o de Gamble e
Klinar, 1991, para pilares de borda e por
este motivo estando contra a segurança
quando comparado com os valores obti-
dos para pilares de canto. Portanto, po-
de-se sugerir um fator de redução para
os valores calculados pelas equações
propostas por estes pesquisadores.
Para tal, fez-se uma comparação e notou-
-se que em média os resultados experi-
mentais desta pesquisa, estavam 90%
menores que os calculados pelo critério
acima citado. Sendo assim, propõe-se
que a resistência efetiva do conjunto seja
calculada da seguinte maneira:
Para pilares centrais, ou seja, rodeado
por laje em todas as direções:
f
cconjunto
= 0,60x
f c pilar
+0,42 x f
c laje
Equação 1
Pilares de borda não foram pesquisados
neste trabalho, porém, propõe-se ainda
para pilares de canto, ou seja, com laje
em apenas duas direções e com reforço
de armadura transversal nas duas faces
do pilar onde não existe a laje:
f
cconjunto
= 0,29xf
c pilar
+0,76 x f
c laje
Equação 2
6. RESULTADOS DO ESTUDO
PELO MÉTODO DE ELEMENTOS
FINITOS - PARTE 1
Comparando os resultados obtidos nos
ensaios com os resultados propostos
pelas equações de cálculo das resistên-
cias efetivas, notou-se que os resultados
experimentais foram bem coerentes com
os resultados empíricos daquelas equa-
ções. Porém, para completar a análise,
faltava determinar as tensões de confina-
mento e verificar seu efeito. Foi necessá-
ARTIGO TÉCNICO
| CONFINAMENTO DADO POR LAJES E VIGAS
rio elaborar alguns modelos de elemen-
tos finitos para que se determinassem
essas tensões confinantes. Assim, foram
elaborados e analisados os modelos de
elementos finitos correspondentes aos
modelos reduzidos 1 e 3.
Analisou-se o modelo 1 com a resistência
do pilar (f cp ) e da laje (f cl ), e com os res-
pectivos valores para módulos de elasti-
cidade (E) e coeficientes de Poisson (
u
).
Os modelos foram calculados em regime
elástico linear.
A partir da Figura 21, observa-se que o
modelo 1-50 apresentou tensões de com-
pressão equivalentes ao valor da tensão
aplicada no topo, como era de se esperar.
Além disso, verificou-se se a tensão de tra-
ção (
s
t ) na laje do modelo 3 obtida pela
análise de elementos finitos era menor ou
FIGURA 22 TENSÕES
S
2
NA INTERFACE PILAR-LAJE DO MODELO 3-50-35
FIGURA 21 TENSÕES
S
3
DO MODELO 1-50
FIGURA 23. TENSÕES
S
2
NA INTERFACE PILAR-LAJE DO MODELO 3-40-28
1...,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41 43,44,45,46,47,48,49,50,51,52,...68
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