REVISTA ESTRUTURA
| JULHO • 2016
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com a finalidade de representar o con-
creto estrutural usual. Com a utilização
de tal material, tem-se uma representa-
ção das fases sucessivas de fissuração,
plastificação e ruína dos protótipos. O
microconcreto é um material obtido pela
mistura mecânica de um aglomerante,
cimento Portland comum, com um mate-
rial inerte, areia e água. O cimento utiliza-
do foi o Cimento Portland CP V-ARI RS, de
alta resistência inicial. O agregado miúdo
empregado foi uma areia natural média,
dimensão característica 2,4 mm. O agre-
gado graúdo, a brita 0, cuja dimensão va-
ria de 2,36 mm a 12,5 mm, adotando-se
para este trabalho, o diâmetro médio de
4,8 mm, segundo Tese de doutorado de
Martins. A dosagem do concreto foi base-
ada no método do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas - IPT.
Nesta pesquisa utilizou-se a escala 1:4,3,
baseando-se no fato de que as escalas
mais adequadas para os modelos de mi-
croconcreto, segundo conclusões da tese
de Martins, são as compreendidas no in-
tervalo de 1:4 a 1:6. Os modelos, após te-
rem sido moldados, conservaram-se den-
tro das fôrmas durante 24 horas e foram
desformados em seguida, sendo levados
à câmara úmida para serem curados, per-
manecendo por lá durante 28 dias, poste-
riormente submetidos ao ensaio de ruptu-
ra à compressão axial.
2. MODELOS REDUZIDOS:
ANÁLISE DE PILAR CENTRAL
- PARTE 1
Ao moldar os modelos reduzidos, cor-
pos-de-prova cilíndricos 10x20cm foram
moldados juntamente, acompanhando
o comportamento das resistências dos
diferentes concretos usados em cada
modelo (corpo-de-prova P referia-se ao
concreto do pilar e o corpo-de-prova L,
ao da laje). Nesta fase do experimento,
foram ensaiados 4 tipos de modelos re-
duzidos, dentre os quais, apenas dois
representaram aproximadamente o pro-
tótipo a ser estudado. Os outros dois,
serviram como base para comparação e
análise dos resultados.
2.1 MODELO REDUZIDO 1
O modelo reduzido 1 representa um
pilar isolado com base quadrada igual
a 15cm e altura 65cm. O mesmo rece-
beu somente um único tipo de concreto
com as resistências na ordem de 50, 40
e 30MPa (resistências do pilar) encon-
trados nos corpos-de-prova cilíndricos
P e concreto com resistência em torno
de 35, 28 e 21MPa (resistências das lajes)
encontrados nos corpos-de-prova cilín-
dricos L. Este modelo auxiliou na análise
de resistência do modelo 2. A tabela 2
refere-se à nomenclatura dos modelos
reduzidos 1 associada a cada tipo de
concreto usado.
2.2 MODELO REDUZIDO 2
O modelo reduzido 2 também represen-
ta um pilar isolado com base quadra- da
igual a 15cm e altura 65cm. Ele apresenta
a mesma geometria do modelo reduzi-
do 1, porém, é composto por dois tipos
de concretos ao longo da altura, sendo a
parte central (e) composta pelo concreto
de menor resistência (35, 28 e 21MPa), o
mesmo encontrado no corpo-de-prova de
monitoramento denominado L. O restan-
te da altura do modelo (h mod -e) recebeu
o concreto com resistências na ordem de
50, 40 e 30MPa.
Para se obter as diferentes espessuras ex-
perimentais encontradas na tabela 3, utili-
zou-se espaçadores metálicos com quatro
larguras diferentes: 4.5, 6, 7 e 14cm (ver
figura 4) que se encaixavam na fôrma.
2.3 MODELO REDUZIDO 3:
REPRESENTAÇÃO DO PILAR
CENTRAL COM LAJE DE
CONCRETO
O modelo reduzido 3 diferencia-se dos an-
teriores por apresentar a laje de concreto
centralizada. Neste modelo, trabalhou-se
apenas com dois conjuntos de resistên-
cias: 50-35MPa e 40-28MPa, para analisar
as estruturas atuais que têm pilares com
concretos de resistências maiores. Estu-
FIGURA 4. CONCRETAGEM DO
MODELO REDUZIDO 1-50
TABELA 2: NOMENCLATURA DOS MODELOS REDUZIDOS 1
FIGURA 4 E FIGURA 5: ESPAÇADORES COM ESPESSURAS DE 14, 7, 6 E 4,5 CM E MONTAGEM DO
MODELO REDUZIDO 2-50-35-E3 (ESPESSURA DE 7CM)
TABELA 4: NOMENCLATURA PARA O MODELO
REDUZIDO 2 E RESPECTIVAS QUANTIDADES
TABELA 3: DIMENSIONAMENTO DO MODELO
REDUZIDO 2 COM ALTURA H MOD IGUAL A
65CM
ARTIGO TÉCNICO
| CONFINAMENTO DADO POR LAJES E VIGAS
