Revista Estrutura - edição 1 - page 50

REVISTA ESTRUTURA
| JULHO • 2016
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mais importantes, destacando, portan-
to; ainda mais estas diferenças.
10º — Outra discrepância fundamental
entre as duas Normas se localiza na de-
terminação da pressão interna nas cons-
truções devida ao vento. A
N B5/1961 considera como
aberta toda a construção
que tenha ou possa ter em
urna de suas faces abertu-
ras que ocupam pelo me-
nos um terço da respectiva
área. E a mesma Norma in-
dica coeficientes de pressão
interna iguais a +0,5 e -0,5
respectivamente, para as si-
tuações em que a abertura
se localiza na face.a barla-
vento, e em outra face que
não seja a de barlavento.
Hoje a Norma vigente defi-
ne como parede imperme-
ável apenas aquelas que
não possuam abertura de
qualquer dimensão ou na-
tureza, como por exemplo
uma parede de reservató-
rio. Qualquer abertura, por
pequena que seja, torna a
parede permeável. Dependendo do ân-
gulo de incidência do vento, do número
de paredes permeáveis, da existência
de aberturas dominantes, das dimen-
sões e localizações das aberturas, o
coeficiente de pressão interna varia de
-0,9 a +O’6.
Deve-se alertar que as discrepâncias en-
tre as duas Normas, na determinação da
ação interna do vento, se somam às veri-
ficadas na avaliação da ação externa. Do
ponto de vista global, estas diferenças
chegam a ser tão exageradas em alguns
casos, a ponto de se tornarem causado-
ras de acidentes. Isto pode, por exem-
plo, ser observado ao se considerar o
galpão com telhado curvo indicado na
figura 08. Observa-se que o coeficiente
de sustentação Cs (dado pela soma dos
coeficientes de pressão interna e exter-
na) se situará entre 0 e 1,0, ao longo de
toda a cobertura, segundo a NB5/1961.
Segundo a NBR6123/1980 ele variará em
função das características das aberturas
e ao longo do telhado, entre os valores
mínimos e máximos iguais a -0,7 e 2,4,
respectivamente. Esses valores tão ele-
vados de sucções no telhado ocorrem
junto às proximidades do oitão para a
incidência oblíqua do vento, segundo a
NBR6123/1980. Esta informação é útil no
sentido de indicar o local onde se deve
reforçar mais a estrutura de cobertura.
11º — Outra discrepância importante en-
tre as duas Normas reside na exigência,
apenas por parte da Norma atual, da con-
sideração de velocidades abaixo da máxi-
ma esperada em alguns casos em que se
calculam estruturas reticuladas e cabos.
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