Revista Estrutura - edição 1 - page 51

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Nestas estruturas podem existir elemen-
tos que, por suas dimensões e velocidade
característica do vento, estejam em regi-
me de fluxo supercrítico, o que pode exi-
gir cálculos adicionais para verificar se os
esforços máximos não ocorrem com velo-
cidades de vento abaixo da máxima espe-
rada, com o fluxo em regime subcrítico.
12º — No cálculo das estruturas reticula-
das, a Norma atual considera fatores não
eram apreciados na anterior, tais como
fator de proteção (havia apenas uma
aproximação grosseira), formato e com-
primento.
13º — A NBR6123/1980 aborda
o caso de placas e muros le-
vando em conta a influência de
paredes em suas extremidades
e da presença do solo. Estes
fatores podem, em determina-
das situações, ocasionar um
coeficiente de força igual a 1,60.
Por outro lado, a NB5/1961 não
considera a influência destes
fatores e indica um único valor
igual a 1,20.
14º — A NBR6123/1980 possui
apêndices onde são comenta-
dos o que são os efeitos dinâ-
micos do vento sobre as edifica-
ções e como ocorrem os efeitos
de interação entre as estrutu-
ras, com o fito de evidenciara
complexidade da abordagem
deste problema. A NB511961
nada comenta a respeito.
CONCLUSÕES
As comparações entre as duas Normas
apresentadas neste trabalho permitem
concluir que:
1º — A N8R612311980 é digna de maior
credibilidade do que o regulamento an-
terior porque se baseia sobre um núme-
ro muito maior de ensaios, análises e es-
tudos de casos, fato que, aliás, é natural,
pois se trata de um instrumento normati-
vo mais recente;
2º — A Norma vigente apresenta maior
margem de segurança em certos casos, e
de economia emoutros, do que aNB5/1961;
3º — A NB5/1961 é mais simples e geral
do que a NBR6123/1980;
4º — O mesmo ritmo crescente de pes-
quisa que exigiu a substituição da Norma
anterior, em breve exigirá revisões na
atual. A ampliação do número de esta-
ções meteorológicas, o estabelecimento
de normas para realização de ensaios em
túnel de vento, o estudo de edificações
com formas diferentes das estudadas, e
interação entre as construções, a com-
provação dos coeficientes sugeridos, são
campos de pesquisa que redundarão em
novos conhecimentos a serem incorpo-
rados à Norma.
REFERÊNCIAS
BILBIOGRÁFICAS
1 — Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Rio de Janeiro, Norma Brasileira
NB5/1961. Cargas Acidentais em Edifícios.
2 — Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Rio de Janeiro, Norma Brasileira
NBR6123/1980. Forças Devidas ao Vento
em Edificações — 7980.
3 — BLESSMANN, J. Efeito do Vento em
Edificações. Edições, UFRGS, 1978, Porto
Alegre/RS.
4 — BLESSMANN, J. Comentários de al-
guns tópicos de normas de vento. Edi-
ções UFRGS, 1975, Porco Alegre/RS.
5 — LANGENDONCK, T.V. Cálculo de Con-
creto Armado — Comentários à Norma
Brasileira NB1, itens 1 a 13. ABCP, 1961.
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