Revista Estrutura - edição 1 - page 45

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4,3 vezes maior que a dimensão da base
faça-se uma correção de 87% no valor da
resistência efetiva. Conclui-se assim que
os resultados experimentais desta pes-
quisa para esse caso foram bem próximos
aos previstos.
O modelo reduzido II apresentou, como
esperado, a maior perda de resistência
à compressão quando comparada à re-
sistência efetiva do modelo com a resis-
tência à compressão aos 28 dias de idade
dos corpos-de-prova cilíndricos de 15 cm
x 30 cm. Isso se deve à presença de uma
faixa de concreto de 4,5 cm de espessura
de resistência menor, no caso 30,37 MPa,
enquanto a resistência média à compres-
são do concreto do pilar era de 53,77
MPa. Essa faixa representa uma laje de
altura real de 19,35 cm de altura. No caso
desse modelo não existe concreto confi-
nado e consequentemente a ruptura se
dá exatamente na região do concreto de
menor resistência. Conclui-se assim que
se não houver nenhum tipo de confina-
mento ou armadura a resistência efetiva
do conjunto fica em torno de 30% menor
quando comparada com a resistência
dos corpos- de-prova cilíndricos.
A perda da resistência do conjunto do
modelo reduzido IV, quando avaliada a
resistência efetiva foi em torno de 10%.
Pode-se então concluir que com o efei-
to do confinamento, proporcionado pela
laje, o conjunto recupera a resistência
efetiva ficando muito próximo do valor
obtido para o pilar isolado, com uma úni-
ca resistência ao longo da altura. Silveira
dos Santos, 2004, também chegou a essa
constatação ao ensaiar um modelo redu-
zido de pilar central com laje de espessu-
ra de 7,0 cm, que representava uma laje
de altura real em torno de 30 cm.
Comparando-se essas constatações com
outros pesquisadores e normas conclui-
-se que os resultados experimentais rea-
lizados nesta pesquisa e na pesquisa de
Silveira dos Santos, 2004, ficaram sempre
um pouco abaixo dos demais. Assim sen-
do propôs-se uma correção nas equações
sugeridas por Gamble at al., 1991, pois
são as que apresentaram resultados mais
próximos a estes, para se aplicar aos mo-
delos brasileiros. Essa correção está apre-
sentada anteriormente pela equação 5.
O modelo reduzido V foi ensaiado em
duas séries de 3 exemplares cada uma.
Na primeira série, contendo os exem-
plares V-A, V-B e V-C, o concreto do pi-
lar apresentou uma resistência média
à compressão aos 28 dias de idade em
torno de 24% maior que a do concreto
da laje, sendo estas, respectivamente,
53,82 MPa e 43,34 MPa. Os exemplares
V-D, V-E e V-F, ensaiados na segunda sé-
rie, apresentaram um concreto do pilar
com resistência em torno de 85% maior
quando comparado com a da laje que fo-
ram 60,58 MPa para o pilar e 32,67 MPa
para a laje. A perda de resistência efetiva
do conjunto foi para a primeira série em
torno de 11% quando comparada com a
resistência do concreto da laje e para a
segunda série de 38%.
Com o resultado da segunda série con-
clui-se que, quando não há nenhum
tipo de armadura horizontal na região
do pilar com concreto de resistência
menor e sem o confinamento propor-
cionado pela laje em todo o contorno,
o conjunto tem uma perda significativa
de resistência.
A perda de 11% da primeira série está
bem próxima da perda devida somente
a esbeltez do corpo-de-prova, porém a
1...,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44 46,47,48,49,50,51,52,53,54,55,...68
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