Revista Estrutura - edição 4 - page 33

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lecidos no item 9.2.4 da ABNT NBR
14.931:2014 (ABNT, 2014, p. 23);
b) Verificação da excentricidade de
pilares: A ABNT NBR 14.931:2014
(ABNT, 2014, p. 23) prescreve que na
verificação deve ser respeitada uma
tolerância de +/- 5 mm entre eixos
de pilares em relação ao projeto;
c) Nível e flechas de lajes e vigas: Es-
tas deformações mencionadas nos
itens c e d anteriores, por sua vez,
devem respeitar os limites estabe-
lecidos na tabela 13.2 do item 13.3
da ABNT NBR 6.118:2014 – Projeto
de estruturas de concreto armado
– Procedimento (p. 71).
4 – CRITÉRIOS PARA A
INSPEÇÃO DE ESTRUTURAS
DE CONCRETO ARMADO
As estruturas de concreto devem ser
inspecionadas nos seus mais diversos
aspectos (itens), de forma que a verifica-
ção da sua segurança seja feita com base
em dados os mais próximos possíveis da
realidade e, sendo assim, ser possível a
adoção de uma conduta de intervenção.
No sentido de atingir o objetivo propos-
to no presente item, primeiramente de-
ve-se ter o conhecimento das seguintes
considerações:
a) Critérios de vistoria em superes-
truturas de concreto armado de
edifícios;
b) As tipologias e as frequências das
anomalias e deteriorações das su-
perestruturas de concreto arma-
do e do próprio material concreto,
além dos diagnósticos das origens
destas anomalias;
c) Os critérios para a avaliação e acei-
tação da resistência do concreto
para fins de durabilidade e desem-
penho.
O processo então se encerra com a
execução dos serviços descritivos, ou
seja, na emissão do laudo técnico (termo
usado somente por Perito Judicial) ou do
parecer técnico (termo usado por qual-
quer assistente técnico de causa judicial
ou qualquer engenheiro para relatar uma
opinião ou avaliação), que por sua vez é
feito com a finalidade de manter formali-
zada a história da obra e suas condições
físicas atuais, para possíveis intervenções
futuras que se fizerem necessárias para o
seu restabelecimento.
Pode-se compreender basicamente
no
fluxograma 1
o critério de inspeção e
avaliação proposto por este autor, para a
avaliação do desempenho de superestru-
turas de concreto paralisadas. Feitas as
devidas análises, cabe ao engenheiro civil,
após as necessárias avaliações e conclu-
sões finais, emitir um parecer técnico.
Cumpre frisar que, por sua vez, a
equipe técnica de inspeção de campo
deverá ser treinada como estabelece a
ABNT NBR 16.230:2013 – Inspeção de
estruturas de concreto – Qualificação
e certificação de pessoal – Requisitos.
Estas inspeções também deverão ser
realizadas por empresa capacitada ou
especializada, segundo a ABNT NBR
5.674:2012 – Manutenção de edificações
– Requisitos para o sistema de gestão de
manutenção.
Partindo por esta ótica, poderá ser
adotado o seguinte critério:
a) Elaboração de novas plantas de fôr-
mas para o registro dos fenômenos
patológicos detectados na fase de
inspeção, devidamente legendados
(figura 02);
b) As inspeções poderão ocorrer da co-
bertura ao último andar (térreo ou
último subsolo), e adotar um único
sentido de inspeção da estrutura,
c) Elaboração dos ensaios tecnológi-
cos para a determinação das ori-
gens da corrosão de armadura e a
determinação da resistência mecâ-
nica potencial estimada (
f
ck,pot,est
);
d) As fotografias das manifestações
patológicas nas peças estruturais
deverão ser obtidas de uma dis-
tância adequada, onde seja pos-
sível uma visualização adequada
do conjunto estrutural (
figura 05
).
Também se faz necessário fotogra-
far a ocorrência em detalhe, como
ilustra a
figura 06
:
e) Na fase de inspeção de campo deve-
rão também ser coletadas as amos-
tras de concreto para os ensaios de
determinação do teor de íons clore-
FOTO 5 – VIGA COM CORROSÃO DE
ARMADURAS
FOTO 6 – DETALHE DA PATOLOGIA DA
FOTO 5
FLUXOGRAMA 1 –
CRITÉRIO PROPOSTO DE ATUAÇÃO PARA ANÁLISE DE ESTRUTURA DE CONCRETO
FONTE:
ELABORADO PELO AUTOR (TOMAZELI, 2017)
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