REVISTA ESTRUTURA
| SETEMBRO • 2017
30
DIRETRIZES PARA
INSPEÇÃO EM
ESTRUTURAS DE OBRAS
PARALISADAS
POR ALEXANDRE TOMAZELI E PAULO HELENE
ARTIGO TÉCNICO
| INSPEÇÃO EM ESTRUTURAS DE OBRAS PARALISADAS
1 - INTRODUÇÃO
Inúmeras cidades brasileiras possuem
ou possuirão um dia em seu histórico uma
estrutura de concreto armado inacabada
ou uma obra paralisada, da qual foram
extraviados a documentação de controle
de aceitação do concreto. Quando da re-
tomada dessas obras, dúvidas ocorrerão
quanto às condições de resistência, dura-
bilidade e qualidade do concreto estrutu-
ral, resultando em incertezas sobre como
retomar e concluir o projeto.
Esta dúvida é mais complexa quan-
do não há históricos e documentações
técnicas que comprovem a qualidade
do concreto empregado na execução
destas estruturas, no que se referem à
conformidade da resistência mecânica
à compressão especificada no projeto
estrutural. A situação se agrava em face
das ações agressivas do meio onde a es-
trutura ficou inserida ao longo dos anos,
e devido também às eventuais falhas
construtivas ocorridas durante a fase de
construção, que poderão reduzir signifi-
cativamente seu desempenho.
O presente trabalho propõe diretrizes
e critérios que podem ser empregados
nas inspeções, nos registros das princi-
pais falhas construtivas eventualmente
FOTO 1 - VISTA DE OBRA PARALISADA COM
ESTRUTURA À VISTA.
FONTE: ARQUIVO PESSOAL DO AUTOR
(TOMAZELI, 2004, P. 05)
ALEXANDRE TOMAZELI
PAULO HELENE