 
          De maneira sucinta, a prova de carga bidi-
        
        
          recional consiste na instalação de uma ou
        
        
          mais células expansivas ao longo do fus-
        
        
          te da estaca e na aplicação de cargas em
        
        
          sentidos opostos (ação e reação), buscan-
        
        
          do-se um equilíbrio entre o atrito lateral
        
        
          mobilizado acima do ponto de aplicação
        
        
          de cargas e o somatório de atrito lateral e
        
        
          resistência de ponta abaixo deste.
        
        
          A Figura 3 mostra as curvas “cargas x
        
        
          deslocamentos” obtidas no ensaio está-
        
        
          tico bidirecional – para uma carga de tra-
        
        
          balho de 400tf – realizado em um estacão
        
        
          próximo, o qual possui 100cm de diâme-
        
        
          tro e cerca de 35m de comprimento:
        
        
          A curva vermelha refere-se à porção
        
        
          inferior ao ponto de aplicação da carga, a
        
        
          qual possui maior correlação de profun-
        
        
          didade com os estacões da capela. Nesta
        
        
          curva, pode-se notar que o recalque da
        
        
          estaca foi praticamente nulo até a apli-
        
        
          cação de cargas verticais da ordem de
        
        
          152tf. Uma vez que a resistência de ponta
        
        
          demanda deslocamentos mínimos para
        
        
          começar a ser mobilizada, pode-se dizer
        
        
          que houve, essencialmente, apenas a mo-
        
        
          bilização de atrito lateral, o que resulta em
        
        
          uma tensão de atrito admissível dada por:
        
        
          Dessa forma, adotou-se um compri-
        
        
          mento de ficha de 17m (cota de fundo:
        
        
          764,00m) para os oito estacões da cape-
        
        
          la, o que resultou nas seguintes capacida-
        
        
          des estimadas de fundação:
        
        
          Os resultados apresentados na Tabela
        
        
          1 indicam que os estacões devem mobi-
        
        
          executadas as sapatas, devidamente
        
        
          dimensionadas para as cargas rema-
        
        
          nescentes.
        
        
          Sete vigas transversais apoiadas nas
        
        
          duas principais. Estas dão condições de
        
        
          receber todas as vigas duplas secundá-
        
        
          rias (sanduíche) ou bloco abraçadeira e
        
        
          lajes do piso.
        
        
          
            Transferência de carga da parede
          
        
        
          
            às novas vigas:
          
        
        
          As condições e carac-
        
        
          terísticas da estrutura da capela foram
        
        
          cuidadosamente vistoriadas e avaliadas
        
        
          através de ensaios de resistência e pros-
        
        
          pecções. Constatou-se que as espessa
        
        
          paredes de 30 a 50 cm de espessura não
        
        
          há reforço de concreto ou aço. Os tijo-
        
        
          los e paredes foram classificadas de boa
        
        
          qualidade, porém para garantir total in-
        
        
          tegridade destas foi criado um elemen-
        
        
          to especial inovador (travessa), visando
        
        
          não transmitir nenhum impacto nocivo
        
        
          às paredes. Prèviamente estas travessas
        
        
          de concreto armado, perpendiculares à
        
        
          parede foram executadas ao longo, em
        
        
          aberturas realizadas com extrator. Estes
        
        
          elementos garantiram a transferência
        
        
          de carga à estrutura sem nenhuma mo-
        
        
          vimentação de acomodação “estrutura x
        
        
          parede”. A pequena deformação da es-
        
        
          trutura após a remoção do solo através
        
        
          TABELA 1 – RESUMO DAS CAPACIDADES DE FUNDAÇÃO ESTIMADAS PARA OS ESTACÕES DA CAPELA.
        
        
          
            MÉTODO
          
        
        
          
            QLATERAL,RUP QLATERAL,ADM
          
        
        
          
            (FSLATERAL = 1,3) QTOTAL,RUP FSGLOBAL
          
        
        
          DÉCOURT & QUARESMA
        
        
          596 TF
        
        
          458 TF
        
        
          940 TF
        
        
          2,00
        
        
          AOKI & VELLOSO
        
        
          611 TF
        
        
          470 TF
        
        
          878 TF
        
        
          1,87
        
        
          PROVA DE CARGA
        
        
          -
        
        
          461 TF
        
        
          -
        
        
          -