Revista Estrutura - edição 7 - page 42

REVISTA ESTRUTURA
| MAIO • 2019
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ESTRUTURAS METÁLICAS
| ARROJO E TÉCNICA
C
onstruída no prédio onde fun-
cionava a antiga loja de depar-
tamentos Mesbla, no centro de
São Paulo, na rua 24 de Maio,
junto da Dom José de Barros e inaugura-
da em 19 de agosto de 2017, a nova uni-
dade do SESC 24 de Maio possui 28.000
m
2
de área construída, num edifício com-
posto por um subsolo em toda a área da
edificação, dois subsolos parciais, térreo
e treze pavimentos.
Segundo os autores do projeto arquite-
tônico, Paulo Mendes da Rocha e a equi-
pe do escritório de arquitetura MMBB,
“demonstrar as virtudes da vida futura da
cidade, enquanto reivindica o privilégio
de ocupar lugar tão nobre de São Pau-
lo – nas vizinhanças do Viaduto do Chá,
Teatro Municipal, Barão de Itapetininga,
Avenida São João, Praça da República – é
o objetivo principal deste projeto, que é
um excelente exemplo de transformação
no patrimônio urbano construído”.
O edifício da Mesbla foi construído em
1941 e possuía espaços amplos destina-
dos à circulação de pessoas, o que faci-
litou sua readequação para funcionar
AÇO E CONCRETO
VIABILIZAM
REVITALIZAÇÃO NO
CENTRO PAULISTANO
TRADICIONAL PRÉDIO DA MESBLA É TRANSFORMADO NO SESC 24 DE
MAIO E VIRA ATRAÇÃO GRAÇAS A PROJETO QUE COMBINOU CONCRETO
COM AÇO, PERMITINDO INCLUSIVE A INSTALAÇÃO DE UMA PISCINA DE 25
POR 25 NO TOPO DO EDIFÍCIO
POR JAIRO FRUCHTENGARTEN
como uma unidade do SESC. Após o fe-
chamento da loja em 1998, o SESC adqui-
riu o edifício em leilão e a seguir um pe-
queno edifício ao lado, que foi demolido
para permitir a construção de um edifício
anexo, de vinte andares, destinado a área
de serviços.
Algumas construções secundárias
existentes foram demolidas, resultando
para aproveitamento o edifício principal
em forma de U, com um vazio central que
servia de fosso para ventilação interna e
onde havia uma cúpula de vidro para ilu-
minação da loja.
Para que o edifício da Mesbla passasse
a contemplar o programa de uma nova
unidade do SESC, foi necessário inicial-
mente fazer um amplo levantamento da
estrutura existente, das fundações e dos
edifícios vizinhos, de modo a permitir o
estudo de interferências, a verificação
da adequação da estrutura para a nova
utilização, assim como a elaboração do
projeto de alguns reforços. Parte do 11º
pavimento foi executada em concreto
moldado “in loco” mas apoiando-se nos
pilares existentes.
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