Revista Estrutura - edição 7 - page 41

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busca de uma análise mais precisa da nova
solução, além de verificar as necessidades
de adaptações para que o desempenho da
nova estrutura seja o mesmo da anterior.
Na estrutura que estamos analisando,
fazendo esta nova análise completa, ve-
rifica-se a necessidade de alguns ajustes
(resultando em nova estrutura no pavi-
mento-tipo), tais como:
y
y
Aumento de pilares
y
y
Aumento da espessura da laje (de 18
para 20cm para atender a norma de
incêndio)
y
y
Alteração no piso a piso em função
da espessura da laje ser maior que a
convencional
y
y
Necessidade de criação de vergas
nas alvenarias da fachada
y
y
Sem contar ajustes de ambientes e
vagas no embasamento (não veri-
ficados) e mais algumas vigas que
consideramos necessária para a es-
tabilidade
Além dos itens acima, em
função de não existirem pór-
ticos em Y, se fez necessário
a introdução de diversos pi-
lares paredes para que a ri-
gidez em Y fosse adequada
para resistir aos esforços ho-
rizontais e atender aos requi-
sitos de estabilidade global.
O lançamento final dos novos
pilares parede resultou na
disposição Fig. 6:
Em cima dessa nova estrutura deve-se
verificar a viabilidade do sistema varian-
te, levando-se novos índices, com as mes-
mas premissas e desempenho estrutural
para as duas soluções propostas.
Se essa análise for negligenciada, po-
deremos ter diversos problemas:
y
y
Incompatibilidade de dimensão dos
elementos estruturais, sobretudo no
embasamento onde as áreas comuns
e vagas podem ficar comprometidas
y
y
Análise de custo pontual compro-
metida por pontos desfavoráveis na
análise global
y
y
Dificuldade de desenvolvimento da
sequência do projeto em função de
informações desencontradas de um
novo profissional sem o conheci-
mento do histórico do projeto
Levantando os quantitativos para o
pavimento-tipo de forma bem simplis-
ta, temos:
Numa
primeira
análise (Laje Plana
“Preliminar”), temos
uma estrutura que
se mostra muito van-
tajosa, com redução
significativa de área
de fôrma sem acrés-
cimo de concreto e
com consumo total
de aço equivalente,
considerando que o
aço de protensão é
mais caro.
No momento que
ajustamos a estrutu-
ra para o atendimen-
to às normas técni-
cas, estes resultados
não ficam tão bons,
com acréscimo signi-
ficativo de volume de
concreto e consumo
total de aço e pequena redução de área
de fôrma.
Isso não quer dizer que a solução fi-
cou inviável. Precisa ser vista com uma
análise sistêmica, em função da redu-
ção da mão de obra (caso o custo não
seja vinculado ao volume de concreto)
e ainda outros sistemas de acabamento
e vedação.
O importante é realizar a análise com-
pleta durante a concepção do PRODU-
TO, pois a viabilidade está vinculada a
diversos sistemas e soluções que im-
pactam desde as áreas internas até a so-
lução de fachada e caixilhos, passando
pelas vedações.
Finalizando, faz parte das boas práticas
do projeto estrutural a postura proativa
do projetista de estrutura em busca da
melhor solução para seu cliente, desde
que devidamente remunerado e na fase
inicial do projeto.
FIG. 6 – ESTRUTURA PROPOSTA EM LAJE PLANA, ADEQUADA À ESTABILIDADE GLOBAL E COM CAPACIDADE RESISTENTE À
AÇÃO DO VENTO
1...,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40 42,43,44,45,46,47,48,49,50,51,...68
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