Revista Estrutura - edição 4 - page 39

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Para entender todo o processo de
manuseio do minério desde a mina até
o navio graneleiro no T1 confira o vídeo:
1.1 – Ponte de Acesso
Principal / Dimensões gerais
/ Monumentalidade
Existem no Brasil três grandes ter-
minais offshore construídos em mar
aberto, isto é, em condições não abri-
gadas. O Terminal T1 do Porto do Açu
é um deles. A seguir, apresenta-se um
quadro comparativo entre eles e tam-
bém os dois maiores terminais abriga-
dos no Brasil.
Maiores Terminais Portuários no Brasil com Ponte de Acesso
Terminal
Condições
Ambientais
Comprim. da
Ponte (m)
Largura da
Ponte (m)
Área da
Ponte (m2)
Açu T1
Mar Aberto
2.900
26,5
76.850
Pecem Mar Aberto
2.502
19,5 (média)
48.745
Sergipe
Mar Aberto
2.400
6,6 (pista)
15.840
TKCSA
Abrigado
3.825
17,6
67.397
Píer 4 (Vale)
Abrigado
para ondas
1.570
22,0
34.540
Seção da Ponte de Acesso do Terminal
1 do Porto do Açu
1.2 – Ponte de Acesso
Principal / Carga do
veículo especial /
Cargas excepcionais
As pontes de acesso aos píeres em
geral e também as pontes das rodovias
brasileiras são normalmente projeta-
das para o tráfego da maior carga mó-
vel rodoviária padrão prevista na ABNT
NBR 7188 que é o TB450 com 3 eixos de
150kN distantes de 1,5m entre si e car-
ga total de 450kN. A Ponte de Acesso do
T1 do Açu foi projetada para a carga es-
pecial de uma carreta de transporte de
placas siderúrgicas com carga total de
1.585kN com 4 eixos de 350kN puxada
por um cavalo mecânico com 3 eixos,
sendo 2 eixos de 75kN e um eixo de
35kN, distantes conforme o croqui abai-
xo. A carga total do conjunto “carreta +
cavalo mecânico” é cerca de 3,5 vezes
maior que a do TB450.
Carreta de transporte de placas side-
rúrgicas com carga total de 1.585kN.
Na verdade, a Ponte de Acesso do T1
do Açu foi projetada para uma situação
de acidente ainda mais desfavorável,
com uma carreta carregada, porem es-
tacionada, sendo ultrapassada por outra
também carregada, situação muito mais
grave do que a prevista na ABNT NBR
7188. Outras situações de cargas muito
desfavoráveis de acidentes com derra-
1.4 – Ponte de Acesso
Principal e Píeres / Resumo
geral de quantidades
Um outro conjunto de dados que mos-
tra a monumentalidade das construções
projetadas pela TECTON no T1 do Açu
(Pontes de Acesso Principal, Píeres e Pon-
te de Acesso ao Quebra-mar) é apresen-
tado no quadro resumo abaixo:
Quantidade Total
de Estacas
(un)
1.406
Comprimento
Total de Estacas
(m)
58.000
Volume Total
de Concreto
(estruturas+estacas)
(m³)
60.700
Massa Total Aço CA50
(estruturas+estacas)
(kg) 13.000.000
2 – CONCEPÇÃO
ESTRUTURAL E PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
Quando se constrói uma obra por-
tuária num local abrigado, com ondas e
correntes fracas, é possível usar balsas
e flutuantes para montar sobre elas um
equipamento ou guindaste para cravar
as estacas e montar a superestrutu-
ra. Numa construção em mar aberto é
comum usar um “cantitraveller” (“can-
tilever” + “traveller”) que é um equi-
pamento de aço sofisticado projetado
especificamente para cada obra e que
vai cravando as estacas e montando a
próxima travessa do vão à frente usan-
do um dispositivo em balanço e em se-
guida “viaja” no alto sobre o estaquea-
mento já cravado sem sofrer a ação das
ondas. A Foto 2 mostra um “cantitravel-
ler” utilizado no T1 do Açu.
mamento de minério no tabuleiro da
ponte também foram consideradas.
1.3 – Ponte de Acesso
Principal / Prova de carga /
Deformabilidade Elástica
Ao final da construção foi realizada uma
prova de carga na Ponte de Acesso pelo IPT
de São Paulo e o comportamento foi exce-
lente, tanto quanto à resistência e a integri-
dade da estrutura e fundações quanto às
deformações residuais que resultaram em
valores desprezíveis. A estrutura apresen-
tou comportamento elástico.
FOTO 1 – DA PROVA DE CARGA COM A CARRETA DE PLACAS SIDERÚRGICAS COM MAIS DE
1600KN E OITO RODAS POR EIXO.
1...,29,30,31,32,33,34,35,36,37,38 40,41,42,43,44,45,46,47,48,49,...76
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