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A seção transversal escolhida nos Ra-
mos de acesso A e B foi a unicelular com
balanços de 3,00m e 2,00m, respectiva-
mente. Após o encontro dos dois Ramos,
a seção adotada foi a de duas células com
balanços de 3,00m, como consequência
da fusão de duas almas das seções uni-
celulares em uma (ver Figura 6). Essa
configuração permitiu que o lançamento
da cablagem na região do nó do “Y” fosse
facilitado, evitando descontinuidades.
Objetivando proporcionar maior con-
forto ao usuário e reduzir as demandas
de manutenção, a superestrutura foi
executada sem juntas, limitando-as ape-
nas aos encontros.
A geometria relativamente complexa
da ponte decorrente de sua curvatura
e da configuração em “Y” na junção dos
Ramos A e B, exigiu estudos cuidadores
dos esforços produzidos pelas deforma-
ções elástica, lenta de retração, e dos
efeitos da variação térmica, em função
das vinculações estabelecidas nos apa-
relhos de apoio.
Os deslocamentos horizontais relati-
vamente grandes, associados às reações
de apoio também altas, conduziram à
adoção dos aparelhos tipo Vasoflon fixos,
unidirecionais e multidirecionais.
Os aparelhos foram dispostos em du-
pla na cabeça dos pilares, de forma a po-
derem absorver momentos de torção. As
transversinas foram limitadas aos apoios
e uma única na junção das seções unice-
lulares (ver Figura 6).
CONCEPÇÃO DOS PILARES
Os pilares foram concebidos em forma
de cálice convergindo para um fuste com
seção transversal circular para as cargas
menores, e com seção composta por um
trecho central retangular, concordando nas
suas exterminadas com dois semicírculos,
para as cargas maiores. Essa composição
permitiu mantes para todos os pilares a
mesma forma curva do fuste, variando ape-
nas o núcleo central retangular, o que viabi-
lizou uma otimização no reaproveitamento
das formas dos pilares (ver Figura 7).
ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO
As sondagens executadas recomenda-
ram fundação profunda. Para os pilares
foram adotadas estacas escavadas de
diâmetro de 1,50m e 2,00m (estacões).
Nos encontros, onde as cargas são me-
nores, foram utilizadas estacas raiz com
diâmetro de 0,41m.
O centro de gravidade do estaquea-
mento foi disposto de forma coincidente
com as resultantes das reações de apoio
dos pilares, decorrentes do peso próprio,
de forma a resultar, para esse carrega-
mento, uma distribuição uniforme de
cargas nos estacões.
A presença de dutos enterrados de
cabos de alta tensão da CTEEP – Compa-
nhia de Transmissão de Energia Elétrica
Paulista na margem do rio, junto à linha
da CPTM, foi elemento condicionante
para o posicionamento do apoio AP2, o
mais carregado da ponte, e também para
o arranjo dos estacões.
FIG. 5 – LOCAÇÃO DOS APOIOS E COMPRIMENTOS DOS VÃOS
FIG. 6 – UNIFICAÇÃO DAS LONGARINAS NO ENCONTRO DOS RAMOS A E B
FIG. 7 – FORMA DO PILAR AP2