REVISTA ESTRUTURA
| ABRIL • 2018
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O interceptor de esgotos da Sabesp,
por sua vez, determinou o posicionamen-
to dos estacões do apoio AP6 do Ramo
B e da distribuição das estacas raiz da
“Caixa 3”, tendo sido evitado qualquer
risco de interferência. A localização exata
do interceptor demandou a execução de
plano extenso e detalhado de sondagens
exploratórias.
CONFIGURAÇÕES DOS
BLOCOS DOS APOIOS
Em sua maioria, os blocos tiveram a
configuração usual paralelepipédica, com
a face superior horizontal e a inferior ali-
nhada com o centro de gravidade dos
estacões. Fugiram a essa condição os pi-
lares que foram afetados pela presença
das interferências já mencionadas, como
são os casos dos apoios AP2 e AP6.
A Figura 8 mostra o posicionamento do
bloco e dos estacões no apoio AP2, em
decorrência da presença dos dutos de
cabos da CTEEP.
Na Figura 9 é indicada a solução adota-
da para a configuração do bloco e a dis-
posição dos estacões do apoio AP6, para
evitar a interferência representada pelo
interceptor de esgoto da Sabesp.
ENCONTROS
Todos os encontros foram estrutura-
dos no formato de caixas compostas por
quatro paredes verticais, duas no sentido
longitudinal da ponte e duas no sentido
transversal.
As paredes longitudinais foram apoia-
das em estacas raiz e também na traves-
sa do pilar de extremidade que funciona
PONTES E ESTRUTURAS
| PONTE LAGUNA
como primeira parede transversal. Na
extremidade final a parede transversal
de fechamento se prolonga até a extre-
midade do balanço, de onde partem os
dois muros de ala.
Como a laje de cobertura possui um
vão relativamente grande, definido pela
distância entre as paredes longitudinais,
foi criada mais uma linha de apoio de
estacas raiz entre as paredes, dividindo,
assim, o vão da laje. O travamento do
estaqueamento foi proporcionado trans-
versalmente por uma viga ligando as três
estacas, uma em cada parede longitudi-
nal e uma central. A linha central de es-
tacas entre as paredes foi travada a cada
par por uma viga longitudinal. O tabuleiro
foi constituído por dois balanços acom-
panhando a configuração da superestru-
tura e pela laje central dividida em duas
lajes armadas em uma direção. Como os
encontros são relativamente longos, fo-
ram previstas juntas a cada 40,00m apro-
ximadamente (ver Figura 10).
Na “Caixa 3”, em uma das paredes a es-
taca raiz vertical foi substituída por um ca-
valete para evitar a colisão com o intercep-
tor de esgoto da Sabesp (ver Figura 11).
APARELHOS DE APOIO
A especificação dos aparelhos de
apoio Vasoflon foi feita a partir da carga
vertical máxima atuante, considerando
a configuração de dois aparelhos por
FIG. 8 – LOCAÇÃO AP2
FIG. 10 – ELEVAÇÃO CAIXA 2
FIG. 9 – LOCAÇÃO AP6