Revista Estrutura - edição 5 - page 52

REVISTA ESTRUTURA
| ABRIL • 2018
52
PONTES E ESTRUTURAS
| PONTE LAGUNA
PROCESSO E SEQUÊNCIA
CONSTRUTIVA
Como se pode observar na descrição
da obra, a ponte possui larguras de tabu-
leiros bastante grandes e raio de curva-
tura relativamente pequena. Em função
destas características, e buscando confi-
gurações de pilares e de superestrutura
que agregassem esteticamente ao entor-
no, a opção adotada foi pela execução
da obra moldada “in loco”, na sua maior
extensão sobre cimbramento, tendo sido
utilizado o processo de balanços suces-
sivos apenas em um trecho sobre a ave-
nida das Nações Unidas, o que liberou o
trânsito de qualquer interferência na pis-
ta local da avenida.
Os trechos moldados “in loco” sobre
cimbramento foram executados por
vãos, complementados por um balanço
do vão seguinte e em seguida protendi-
dos e descimbrados. O escoramento uti-
lizado foi do tipo tubular e nos casos de
travessia de veículos foi deixado um ga-
barito de passagem executado com vigas
metálicas.
A EMAE – Empresa Metropolitana de
Águas e Energia S.A. autorizou a utiliza-
ção de dois pilares provisórios no leito do
rio desde que, após a execução da obra,
fossem completamente retirados, libe-
rando totalmente o canal de navegação,
considerando a cota do fundo prevista
em seu aprofundamento projetado. Du-
rante o período de construção foi deixa-
do um gabarito de navegação de 5,50m
A sequência de execução dos vãos foi
forçosamente ajustada à liberação de in-
terferências, entre elas a autorização da
CPTM para a montagem do escoramento
sobre suas linhas e o alteamento da linha
de transmissão da Eletropaulo que im-
pedia a execução do vão entre os apoios
AP3 e AP4.
Na Figura 14 são indicadas as fases
executivas na sequência estabelecida em
projeto, evidenciando o fechamento do
vão central entre os apoios AP3 e AP4 na
Fase 6, e o “Y” entre os apoios AP1, AP2 e
AP6, na última Fase 7.
Esta sequência executiva, no entanto,
teve uma alteração na fase de implanta-
ção que resultou na execução das Fases
1 e 2 em uma única Fase.
O processo executivo foi fator determi-
nante para a configuração do traçado da
cablagem e demandou inúmeras verifica-
ções nas fases de protensão.
ANÁLISE ESTRUTURAL
Os estudos iniciais foram realizados
com a modelagem da superestrutura
considerando a hipótese de comporta-
mento de barras (ver Figura 15).
A partir desse modelo foram realiza-
dos os pré-dimensionamentos da supe-
FIG. 13 – DISPOSIÇÃO DAS JUNTAS DE DILATAÇÃO
FIG. 14 – FASES CONSTRUTIVAS
FIG. 15 – MODELO TRIDIMENSIONAL EM ELEMENTOS DE BARRA
restrutura, uma avaliação preliminar da
cablagem de protensão, e da vincula-
ção da superestrutura aos pilares, bem
como os direcionamentos dos aparelhos
de apoio, de forma a minimizar os es-
forços horizontais gerados pelas defor-
mações elásticas, lenta por retração do
1...,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51 53,54,55,56,57,58,59,60,61,62,...68
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